Foragida da justiça
Duas mulheres são presas em Cuiabá por guardar carro de luxo de influenciadora foragida
GERAL

Policiais civis da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá prenderam, nesta terça-feira (8), duas mulheres suspeitas de auxiliar uma das influenciadoras alvo da Operação Quéfren. Um veículo Toyota Corolla Cross, pertencente à investigada Emilly Souza, que ainda está foragida, foi apreendido.
As jovens, de 21 e 25 anos, responderão a Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelos crimes de favorecimento real (quando uma pessoa assegura o proveito de um delito cometido por outra) e favorecimento pessoal, que consiste em ajudar intencionalmente outra pessoa a escapar de ação da Justiça, após ela ter cometido um crime.
As diligências iniciaram depois que os policiais da Delegacia de Estelionato receberem informações de que a influencer estava escondida em um apartamento, na região do Porto, em Cuiabá. No local, os policiais foram recebidos pelas duas suspeitas que disseram não saber o paradeiro da procurada. No entanto, o veículo da investigada foi encontrado na vaga da garagem do apartamento.
O veículo Toyota Corolla Cross, alvo de mandado de sequestro dentro da operação, foi apreendido. As duas amigas da influenciadora foram conduzidas à Delegacia de Estelionato, ouvidas e autuadas em Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Operação Quéfren
Deflagrada no dia 2 de abril, simultaneamente nos Estados do Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Pará, a Operação Quéfren tem como objetivo de efetuar prisões e apreender bens de agentes de plataformas e influenciadores digitais, suspeitos de divulgar, fomentar e estimular a prática de jogos ilegais no Brasil.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Ceará, desde abril de 2024, apontam que a maioria dos investigados são agentes de plataformas responsáveis pela contratação de influenciadores digitais para divulgação de cassinos online, através de suas redes sociais, para promover sites de apostas não autorizadas e ilegais no país.
As diligências apontam indícios de prática de crimes de lavagem de dinheiro, estelionato praticado por parte dos investigados, além da existência de uma organização criminosa articulada de caráter transnacional.
Em Mato Grosso, a Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá cumpriu cinco mandados, sendo um de prisão preventiva e quatro busca e apreensão em desfavor de duas influenciadoras digitais. Uma das suspeitas, com mandado de prisão, foi presa em Várzea Grande. O outro mandado de prisão ainda não foi cumprido e a suspeita segue sendo procurada.

GERAL
Relatório do TCE revela R$ 4,7 bilhões em benefícios fiscais a empresas da Moratória da Soja em MT

O relatório preliminar da auditoria sobre os incentivos fiscais, realizada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), revela que entre 2019 e 2024 empresas signatárias da Moratória da Soja foram beneficiadas com R$ 4,7 bilhões. Os dados foram divulgados pelo relator do processo, conselheiro Antonio Joaquim, durante a sessão ordinária desta terça-feira (29).
Segundo o levantamento, os valores correspondem a 28% do total de renúncias fiscais concedidas pelo Estado por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) no período, que somam R$ 16,6 bilhões. Entre as principais beneficiadas estão multinacionais do agronegócio, como Bunge, ADM, Cofco Internacional e Cargill.
O conselheiro informou que o relatório final da auditoria será concluído nesta semana e encaminhado às autoridades competentes. “Estamos falando de um valor bilionário de empresas que não estão merecendo esses incentivos. A lei do Prodeic é clara: é para diminuir desigualdades e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Precisamos dar transparência a essa questão”, afirmou.

Durante a sessão, Antonio Joaquim também citou decisão recente do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o Governo de Mato Grosso a não conceder incentivos fiscais a empresas adeptas da Moratória da Soja. Dino reconsiderou parcialmente sua própria decisão liminar e restabeleceu a Lei Estadual nº 12.709/2024, a partir de 1º de janeiro de 2026.
“Podemos considerar uma grande vitória nesta luta, que começou com o debate provocado por representantes das câmaras municipais e chegou ao Tribunal. Agora, o ministro autoriza o Estado a não dar incentivos fiscais, que se diga, são gastos que saem do orçamento”, completou o relator da auditoria.
Diante dos dados apresentados, o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, criticou o volume de recursos destinados às empresas. “A preço de R$ 300 milhões por hospital, só o que foi para a Bunge daria para construir cinco. Para a ADM, mais cinco. Cofco Internacional, dois. Cargill, mais dois. Fiagril, um. Em resumo, daria para construir 16 hospitais como o que o Governo entregou”, disse.
Além disso, Sérgio Ricardo reforçou que é preciso refletir sobre o retorno que esses empreendimentos vêm oferecendo ao estado. “O que a Bunge dá a Mato Grosso para receber R$ 1 bilhão? Ela precisa? Ela devolve para a sociedade? Essas empresas se fortalecem com esses incentivos e acabam afogando as demais. Esse assunto precisa ser tratado como política de Estado”, concluiu.
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