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Indústria

Fiesp diz ser vexatória tentativa do governo de aumentar impostos

Projeto enviado ao Congresso quer elevar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em até 2 pontos percentuais

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ECONOMIA

Foto: Fábio Vieira

A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) enviou à imprensa nota se manifestando nesta segunda-feira (02/9) contra a proposta do governo federal de subir alíquotas de impostos que recaem sobre o lucro de empresas e acionistas, alegando que a medida agravaria a já “insustentável” carga tributária, sendo prejudicial à produção e ao emprego.

O Projeto de Lei, enviado ao Congresso na última sexta-feira (30/8), eleva a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em até 2 pontos percentuais, além de aumentar de 15% para 20% a alíquota do imposto sobre a renda retido na fonte incidente sobre os juros sobre capital próprio (JCP). As duas medidas, somadas, vão gerar arrecadação de R$ 20,94 bilhões em 2025, sendo R$ 14,93 bilhões provenientes das alterações na CSLL e R$ 6,01 bilhões das mudanças no IRRF.

Na nota, a Fiesp reafirma sua posição de que o Brasil já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo “e a maior dentre os países emergentes relevantes, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)” e classifica como “vexatória” a posição do governo.

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“Quanto mais União, Estados e Municípios arrecadam, mais retiram do setor privado, muito mais eficiente, recursos para a promoção do investimento e do crescimento econômico sustentável. Sugerir aumento da carga tributária por meio do PL 3.394/2024 que propõe alterações na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e no Juros sobre Capital Próprio (JCP) é prejudicial à produção e ao emprego. Tal medida apenas agravaria a já insustentável carga tributária e contribuiria para resultado diametralmente oposto ao que se deseja alcançar, que é uma solução para as contas públicas. Essa somente virá com o crescimento econômico”, afirma o documento.

A nota diz, ainda, que a entidade confia e acredita que o Congresso Nacional vai rejeitar mais um aumento de impostos, e que já passou da hora de os poderes da República dialogarem com os setores econômicos.

O aumento dessas alíquotas em complemento ao Orçamento já havia sido adiantado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada. O objetivo é ampliar a arrecadação e ajudar no cumprimento da meta de resultado primário do próximo ano, que é de déficit zero (receitas iguais às despesas).

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ECONOMIA

Páscoa deve movimentar R$ 640,6 milhões na economia local

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Foto: Divulgação

Expectativa dos comerciantes cresce a pouco mais de três semanas para a Páscoa. Pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) aponta que 80% da população ativa planejam festejar a data religiosa, que, neste ano, será celebrada em 20 de abril. A estimativa é que a comemoração movimente R$ 640,6 milhões na economia local, influenciada pela demanda aquecida nos setores de confeitaria, supermercados e artesanato.

Um dos principais símbolos da data, o chocolate terá presença garantida nos festejos dos consumidores mato-grossenses. A intenção de compra do produto oriundo do cacau saltou 26% em comparação ao ano anterior, passando de 36% para 62%. O ticket médio de gastos é de R$ 405,70 e uma parte considerável dos entrevistados disse que deve investir cerca de R$ 250. Produtos industrializados como ovos de chocolate (69%) e caixas de bombons (48%) estão no topo das preferências dos clientes – especialmente entre aqueles que recebem entre dois e cinco salários mínimos.

Produtos da categoria “premium” também têm participação expressiva nas vendas da Páscoa, segundo a pesquisa. Isso porque entre os grupos socioeconômicos mais elevados (que ganham acima de cinco salários mínimos), as principais escolhas são itens artesanais como ovos caseiros recheados (22%), barras de chocolate (18%) e cestas personalizadas com produtos diversos (8%). Especialistas destacam que o forte apelo afetivo e comercial da data também abre oportunidades para o empreendedorismo.

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Segundo a analista técnica do Sebrae/MT, Beatriz Jardim, muitas empresas dos segmentos de confeitaria surgiram na Páscoa como uma alternativa para profissionais com vocação para o artesanato e que estavam desempregados ou em busca de renda extra. “O grande destaque da confecção caseira é o toque de customização, que torna o produto mais elaborado. Apostar em sabores sofisticados, receitas saudáveis, embalagens atrativas e edições limitadas pode atrair um público disposto a gastar mais por uma experiência diferenciada”, pontua.

Apesar do interesse em aproveitar a Páscoa, a aquisição de produtos para presentear amigos e familiares tem uma série de desafios. O levantamento do Sebrae/MT revela que a situação financeira e a disponibilidade imediata de produtos em meio à alta demanda são fatores que influenciam o consumo. Para a maioria (60%) dos entrevistados, o preço ainda é determinante na decisão de compra da mercadoria.

“Praticar valores competitivos é importante, mas não é tudo. Nos últimos anos, o perfil do consumidor mudou muito e a exigência por melhores custos-benefícios só aumentou”, comenta Beatriz. Ainda conforme a analista, a pesquisa ressalta a necessidade de se investir em um bom atendimento, qualidade dos produtos, promoções ou descontos atrativos e oferta de condições vantajosas de pagamento. “Essa combinação contribui não só para fidelizar como também para conquistar novos clientes que, eventualmente, não tenham interesse de consumir na data”.

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Para auxiliar empreendedores em suas empreitadas durante a Páscoa, o Sebrae Mato Grosso oferece uma gama de serviços voltados ao desenvolvimento de micro e pequenos negócios. A instituição traz soluções de design de embalagens para empresas de pequeno porte, bem como consultorias para a edificação de novos produtos e precificação. “Preparar-se de forma eficaz e antecipada é o primeiro grande passo para fabricar bons produtos e ter sucesso em vendas”, finaliza a analista Beatriz Jardim.

Dados da Pesquisa

O levantamento foi realizado por meio de entrevistas telefônicas entre os dias 18 de fevereiro e 7 de março de 2025 em todo o estado de Mato Grosso. Foram entrevistados 1.089 residentes maiores de 18 anos. Para a sondagem, utilizou-se a metodologia quantitativa, com margem de erro de 5% e índice de confiança de 95%.

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