Controle fiscal
Arrecadação de MT cresce 10% e chega a R$ 39 bi em 2024
ECONOMIA

A Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) realizou audiência pública para apresentação das metas fiscais referentes ao terceiro quadrimestre de 2024 na tarde desta quinta-feira (27). Representantes da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz-MT) apresentaram, entre diversos dados, resultado nominal e resultado primário negativos, mas dentro da meta fiscal, no período.
O resultado primário leva em conta receitas e despesas primárias, ou seja, é resultado do valor arrecadado com impostos, taxas e contribuições descontado o valor das despesas que não incluem pagamento de juros da dívida pública, como prestação dos serviços públicos e pagamento de pessoal. O déficit foi de cerca de R$ 1,5 bilhão, dentro da meta estipulada na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), que previa déficit de até R$ 4,2 bilhões. Já o resultado nominal, que representa a diferença entre receitas e despesas totais no exercício, ficou no número negativo de R$ 1,3 bilhão, com a meta de até R$ -4,6 bilhões.
“Considerando que teríamos a execução de pagamentos acima da receita primária realizada em 2024, pois utilizamos saldos de recursos de anos anteriores, projetamos que o resultado seria negativo”, explicou o secretário adjunto de Orçamento Estadual, Ricardo Capistrano. O representante da Sefaz-MT garantiu que as contas de Mato Grosso estão controladas e destacou o dado relativo à dívida consolidada líquida do estado de negativos R$ 4,7 bilhões. “Todo estado gostaria de estar neste nível, com uma dívida consolidada líquida negativa, ou seja, as disponibilidades que ele possui são superiores ao que ele tem de dívida. A nossa classificação nesse indicador de endividamento é muito positiva do estado do Mato Grosso”, afirmou.
“[Em 2024], nós tivemos um crescimento da receita positivo, apesar de não alcançarmos o que nós tínhamos em anos anteriores. Mas tem um destaque muito, muito positivo que foi a receita de impostos, teve um crescimento superior a 10% e nos permitiu ter uma receita de cerca de 39 bilhões de reais, principalmente para poder custear as despesas que também totalizaram o mesmo montante. E isso permitiu que o estado mantivesse a sua política de execução de investimentos públicos superior a 15% da receita corrente líquida. Nós empenhamos mais de R$ 5,7 bilhões em investimento e Isso é muito representativo não só para o governo, como para a sociedade”, resumiu Capistrano.
As despesas com pessoal se mostraram dentro dos limites em todos os poderes. No Executivo, o índice é de 37,5%, enquanto o teto é de 49% da receita corrente líquida. O Judiciário está em 3,56% de 6%, a Assembleia Legislativa em 1,37% de 1,77% de limite, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 1,14% de 1,23% e o Ministério Público 1,38% de 2%.
O presidente da CFAEO, deputado Carlos Avallone (PSDB), fez algumas observações sobre os números apresentados. “O que nós fizemos hoje foi avaliar o último quadrimestre do ano de 2024, como se comportou a receita em relação ao orçamento aprovado. Nós tivemos uma receita boa, poderia ser melhor, mas ela foi boa. O ICMS cresceu mais de 10% [de R$ 12,4 bilhões no período do quadrimestre em 2023 para R$ 13,8 bilhões em 2024], nós tivemos um problema com o Fethab [Fundo Estadual de Transporte e Habitação], que realmente ficou muito parecido com o de 2023 [arrecadação de R$ 1,048 bilhão no terceiro quadrimestre de 2023 e de R$ 1,044 bilhão no mesmo período de 2024], mas teve um aumento [superior a 11%] muito expressivo no IPVA [Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor]. Também transferências como o Fundeb não se comportou tão bem quanto em outros anos [aumento de apenas 0,35% do terceiro quadrimestre de 2023 para o de 2024]”, avaliou. “Mas nós tivemos uma receita que foi compatível e os números do estado estão bastante equilibrados”, concluiu o parlamentar.

ECONOMIA
Páscoa deve movimentar R$ 640,6 milhões na economia local

Expectativa dos comerciantes cresce a pouco mais de três semanas para a Páscoa. Pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) aponta que 80% da população ativa planejam festejar a data religiosa, que, neste ano, será celebrada em 20 de abril. A estimativa é que a comemoração movimente R$ 640,6 milhões na economia local, influenciada pela demanda aquecida nos setores de confeitaria, supermercados e artesanato.
Um dos principais símbolos da data, o chocolate terá presença garantida nos festejos dos consumidores mato-grossenses. A intenção de compra do produto oriundo do cacau saltou 26% em comparação ao ano anterior, passando de 36% para 62%. O ticket médio de gastos é de R$ 405,70 e uma parte considerável dos entrevistados disse que deve investir cerca de R$ 250. Produtos industrializados como ovos de chocolate (69%) e caixas de bombons (48%) estão no topo das preferências dos clientes – especialmente entre aqueles que recebem entre dois e cinco salários mínimos.
Produtos da categoria “premium” também têm participação expressiva nas vendas da Páscoa, segundo a pesquisa. Isso porque entre os grupos socioeconômicos mais elevados (que ganham acima de cinco salários mínimos), as principais escolhas são itens artesanais como ovos caseiros recheados (22%), barras de chocolate (18%) e cestas personalizadas com produtos diversos (8%). Especialistas destacam que o forte apelo afetivo e comercial da data também abre oportunidades para o empreendedorismo.
Segundo a analista técnica do Sebrae/MT, Beatriz Jardim, muitas empresas dos segmentos de confeitaria surgiram na Páscoa como uma alternativa para profissionais com vocação para o artesanato e que estavam desempregados ou em busca de renda extra. “O grande destaque da confecção caseira é o toque de customização, que torna o produto mais elaborado. Apostar em sabores sofisticados, receitas saudáveis, embalagens atrativas e edições limitadas pode atrair um público disposto a gastar mais por uma experiência diferenciada”, pontua.
Apesar do interesse em aproveitar a Páscoa, a aquisição de produtos para presentear amigos e familiares tem uma série de desafios. O levantamento do Sebrae/MT revela que a situação financeira e a disponibilidade imediata de produtos em meio à alta demanda são fatores que influenciam o consumo. Para a maioria (60%) dos entrevistados, o preço ainda é determinante na decisão de compra da mercadoria.
“Praticar valores competitivos é importante, mas não é tudo. Nos últimos anos, o perfil do consumidor mudou muito e a exigência por melhores custos-benefícios só aumentou”, comenta Beatriz. Ainda conforme a analista, a pesquisa ressalta a necessidade de se investir em um bom atendimento, qualidade dos produtos, promoções ou descontos atrativos e oferta de condições vantajosas de pagamento. “Essa combinação contribui não só para fidelizar como também para conquistar novos clientes que, eventualmente, não tenham interesse de consumir na data”.
Para auxiliar empreendedores em suas empreitadas durante a Páscoa, o Sebrae Mato Grosso oferece uma gama de serviços voltados ao desenvolvimento de micro e pequenos negócios. A instituição traz soluções de design de embalagens para empresas de pequeno porte, bem como consultorias para a edificação de novos produtos e precificação. “Preparar-se de forma eficaz e antecipada é o primeiro grande passo para fabricar bons produtos e ter sucesso em vendas”, finaliza a analista Beatriz Jardim.
Dados da Pesquisa
O levantamento foi realizado por meio de entrevistas telefônicas entre os dias 18 de fevereiro e 7 de março de 2025 em todo o estado de Mato Grosso. Foram entrevistados 1.089 residentes maiores de 18 anos. Para a sondagem, utilizou-se a metodologia quantitativa, com margem de erro de 5% e índice de confiança de 95%.
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