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Safra agrícola de 2024 deve ser 5,4% menor que a de 2023, prevê IBGE

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AGRICULTURA

Foto: Sociedade Nacional de Agricultura/Reproduç�

A safra agrícola de 2024 deve totalizar 298,3 milhões de toneladas, 17,1 milhões de toneladas a menos que o desempenho de 2023, um recuo de 5,4%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março, divulgado nesta quinta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado é 2,3 milhões de toneladas menor que o previsto no levantamento de fevereiro, uma queda de 0,8%. De acordo com o IBGE, o Brasil deve colher 77,7 milhões de hectares na safra de 2024, uma queda de 0,2% em relação a 2023, ou 125,5 mil hectares a menos.

Em relação à estimativa de fevereiro, a área a ser colhida é 0,4% menor, ou 286 mil hectares a menos. Arroz, milho e soja – três principais produtos da safra brasileira de grãos – respondem juntos por 91,6% da estimativa da produção e por 87,0% da área a ser colhida.

Em relação a 2023, a área a ser colhida será maior para o algodão herbáceo (11,1%), arroz (4,5%), feijão (7,0%) e soja (2,3%). Por outro lado, a expectativa é de redução na área para sorgo (-4,4%), trigo (-6,6%) e milho (-5,8%). A área colhida deve cair 8,2% no milho 1ª safra e 5,1% no milho 2ª safra.

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IBGE prevê safra de 299,6 milhões de toneladas para 2024

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Foto: Wenderson Araújo/CNA

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 é estimada em 299,6 milhões de toneladas, aponta o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de abril, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa uma redução de 5,0% em comparação com o ano anterior. Em relação à estimativa de março, houve um leve aumento de 0,4%.

O gerente do levantamento, Carlos Barradas.destaca que a produção de soja, considerada a principal commodity do país, aumentou 0,9% em relação à estimativa de março, alcançando a marca de 148,3 milhões de toneladas. No entanto, esse número ainda representa uma queda de 2,4% em comparação com a produção total do ano passado.

“Para o milho, a previsão é de 115,8 milhões de toneladas, uma queda de 0,3% em comparação ao mês anterior — e uma redução de 11,7% em relação ao que produzimos em 2023. Problemas climáticos durante a safra de verão reduziram o potencial da safra brasileira de grãos de 2024, principalmente com relação às produções de soja e de milho”, informa Barradas.

 

EL NIÑO

Segundo o levantamento, os efeitos do fenômeno climático El Niño, caracterizado pelo excesso de chuvas nos estados da Região Sul e pela escassez de chuvas regulares e altas temperaturas no Centro-Norte do Brasil, resultaram em uma limitação no potencial produtivo da leguminosa em muitas das unidades da federação produtoras.

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O consultor de agronegócios João Crisóstomo, da BMJ Consultores Associados, ressalta que o El Niño foi um desafio na safra 2023/2024, provocando um atraso nas chuvas. “O fenômeno climático provocou um atraso nas chuvas — o que consequentemente atrasou a semeadura e a colheita, sobretudo no Centro-Oeste, que foi onde foi observado esse atraso nas chuvas no Mato Grosso”, explica.

Ele aponta que o El Niño também evidenciou problemas logísticos que acontecem no Brasil, como na infraestrutura com escoamento de produção.

“A armazenagem e escoamento, inclusive nos portos, tem um gargalo provocado pelas rodovias e ferrovias do país, e toda vez quando chega na época de colheita ele fica cada fica muito evidente. Mesmo em um ano como esse, em que provavelmente teremos uma produção menor em relação ao ano passado, vamos acabar observando como vai ser o gargalo na produção ”, ressalta.

Apesar dos desafios, o consultor de agronegócios destaca que esse é um setores mais importantes para economia brasileira — e contribui significativamente para o PIB brasileiro.

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PRODUÇÃO REGIONAL

O IBGE mostra que a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para duas regiões: a Sul (8,3%) e a Norte (7,6%). Houve variação anual negativa para as demais: a Centro-Oeste (-12,2%), a Sudeste (-10,5%) e a Nordeste (-3,1%).

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,0%, seguido pelo Paraná (13,4%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,2% do total.

 

OUTROS GRÃOS

O levantamento mostra que, para o arroz, a produção estimada foi de 10,5 milhões de toneladas — um crescimento de 2% em relação ao que foi produzido em 2023. Para o feijão, a previsão é de 3,3 milhões de toneladas — um aumento de 11% em relação ao que foi produzido no ano anterior.

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