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Impulsionado pelo agro

PIB de Mato Grosso registra o maior crescimento do país e chega a R$ 255 bilhões

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AGRICULTURA

Foto: Divulgação

O Estado de Mato Grosso consolidou sua posição como destaque econômico no Brasil ao registrar um crescimento de 1.232% no Produto Interno Bruto (PIB), a maior entre as unidades da federação do país, entre 2002 e 2022, segundo o Sistema de Contas Regionais 2022, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com órgãos estaduais.

O PIB de Mato Grosso passou de R$ 19,190 bilhões, em 2002, para R$ 255,527 bilhões em 2022. O segundo estado com maior variação do PIB no país, neste período de duas décadas, foi o Tocantins com 994% passando de R$ 5,3 bilhões para R$ 58,208 bilhões.

Já o PIB per capita, o valor correspondente ao resultado da divisão que receberia cada habitante de Mato Grosso, que, em 2002, estava na 11ª posição com R$ 49.638,29 mil na média nacional, o Estado alcançou a quarta posição com R$ 69.839,00 mil. Ficou atrás apenas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Este avanço reflete o crescimento robusto e contínuo do Estado e consolida sua relevância econômica no país.

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“Esse desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo agronegócio, que continua sendo um pilar essencial para o Estado. Além disso, as indústrias de transformação desempenharam um papel significativo, destacando-se a produção de carne, biocombustíveis e derivados do milho. O setor de serviços também teve uma contribuição importante, impulsionado por melhorias na logística e infraestrutura. Esses fatores combinados reforçam a importância de Mato Grosso para o agronegócio brasileiro”, disse o coordenador do Data Hub da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Hideki, ao analisar os dados do IBGE.

O Centro-Oeste registrou a maior variação em volume no PIB nacional (2022) com 5,9%. Entre os Estados da região, Mato Grosso liderou esse avanço com 10,4%, seguido de Goiás com 5,0%, Mato Grosso do Sul com 4,8% e Distrito Federal com 3,9%. O PIB do país foi 3,0% em 2022.

“A expansão econômica do Estado se reflete também nas taxas médias de crescimento anual. Enquanto o PIB nacional teve uma elevação média de 2,2% ao ano, Mato Grosso apresentou um crescimento de 4,8% ao ano, sendo um dos líderes absolutos, ao lado de Tocantins”, observou Vinicius Hideki.

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Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o crescimento econômico de Mato Grosso não apenas destaca o Estado como uma potência no Centro-Oeste, mas também mostra a força transformadora de políticas voltadas para o desenvolvimento do agronegócio e da indústria.

“Esses dados reafirmam a importância do planejamento econômico estratégico e da diversificação das atividades produtivas, consolidando Mato Grosso como um dos motores econômicos do Brasil. O desempenho da agropecuária teve contribuição decisiva para os resultados, mas também mostra que a verticalização das indústrias no Estado também é responsável pela melhora do PIB mato-grossense”, declarou.

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Conheça os países que mais compraram de MT e o que buscaram no estado em 2024

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Mato Grosso caminha para encerrar 2024 como o quarto estado brasileiro que mais exportou, totalizando aproximadamente US$ 25,9 bilhões em vendas externas entre janeiro e novembro, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Os principais produtos exportados pelo estado foram soja, milho e algodão, com os mercados da Ásia e Europa como destinos predominantes.

A China segue como o maior parceiro comercial de Mato Grosso, respondendo por 33,8% das exportações estaduais no período, o que equivale a US$ 7,9 bilhões. O país asiático adquiriu principalmente soja, carne bovina congelada, algodão, milho e minérios de chumbo.

Além da China, o ranking dos dez maiores compradores de Mato Grosso inclui Vietnã, Tailândia, Indonésia, Turquia, Espanha, Egito, Bangladesh, Argélia e Irã. Cada um desses países se destaca por demandas específicas: o Vietnã, por exemplo, é um grande importador de tortas e resíduos sólidos da extração do óleo de soja, enquanto a Espanha compra sementes e frutos oleaginosos.

Além de soja, milho e óleos vegetais, a Tailândia se destaca por comprar açúcares de cana ou de beterraba de Mato Grosso, enquanto a Indonésia faz também a importação de resíduos da fabricação do amido, polpas de beterraba, bagaço de cana-de-açúcar e outros desperdícios da indústria do açúcar. Além de legumes de vagem, secos e em grão.

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Desempenho de Mato Grosso em 2024

Embora o estado mantenha se destaque no comércio exterior, o valor exportado entre janeiro e novembro 2024 representa uma queda de 13,8% em relação ao mesmo período de 2023. O desempenho vai na contramão do cenário nacional, que registrou crescimento nas exportações no mesmo intervalo.

A retração estadual é atribuída, em grande parte, à quebra de produção da safra de soja 2023/2024 e ao aumento da demanda interna pela oleaginosa, impulsionado pelo setor industrial. A soja, principal produto da pauta de exportação mato-grossense, teve seu desempenho impactado diretamente por esses fatores e registrou queda de 28% nas exportações. O milho percorreu sentido parecido e acumulou uma queda de 21%.

O algodão bruto por sua vez teve um crescimento de quase 96% das exportações e variou positivamente cerca de US$1,4 bi na comparação entre 2024 e 2023. Na indústria de transformação, o destaque foi para farelos de soja e outros alimentos para animais, produto que foi responsável por 12% de todas as exportações mato-grossenses e cresceu quase 10% entre 2023 e 2024.

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A carne bovina fresca ou congelada teve queda de 23% e faturou US$632 mi a menos que no ano passado. Gorduras e óleos vegetais, que representaram 1,7% das exportações, também tiveram uma variação negativa, de cerca de -42% em relação a 2023. Demais produtos da indústria de transformação tiveram alta de 21%, conforme o MDCI.

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