TERRA ENVENENADA
Defesa confirma prisão de vereador, mas nega envolvimento em contrabando de agrotóxicos
Advogados dizem que Toninho Bernardes é suspeito e que está detido temporariamente para prestar esclarecimentos à Polícia Federal
POLÍTICA

A defesa do vereador Toninho Bernardes (PL) confirmou a prisão do político na sua residência em Sinop no começo da manhã desta quarta-feira (4), mas negou qualquer envolvimento do parlamentar com o contrabando, adulteração e venda ilegal de agrotóxicos investigados pela Polícia Federal na segunda fase da operação Terra Envenenada.
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Os advogados Reginaldo Monteiro de Oliveira e João Guilherme Rossi Assis disseram não obtiveram acesso ao processo, mas informaram que o parlamentar é apenas suspeito e que a prisão, em caráter “temporário”, é para prestar esclarecimentos à Polícia Federal em Sinop. Eles reforçaram que não foram apreendidas armas de fogo ou objetos ilícitos nas buscas realizadas na casa do vereador e também em seu gabinete na Câmara Municipal.
No começo da manhã, o presidente da casa parlamentar, vereador Élbio Wolkweis (Patriota), acompanhou as buscas da PF em documentos e computadores da equipe de Bernardes. Wolkweis disse que “com certeza, o vereador que está sendo investigado vai se justificar e resolver o seu problema”. Veja no vídeo abaixo.
O mandado de prisão temporária de Toninho Bernardes foi emitido pelo juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider. O processo corre em segredo de justiça.
A Justiça Federal expediu 15 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão que foram cumpridos nas cidades de Sinop, Sorriso, Feliz Natal, no Estado de Mato Grosso, além de São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Terra Roxa (PR).
Entenda a operação Terra Envenenada
A investigação originou-se da análise do material e depoimentos colhidos na primeira fase da operação, deflagrada em 2018, quando foi desmantelada organização criminosa e apreendida mais de uma tonelada de agroquímicos contrabandeados ou adulterados.
Desde essa etapa inicial, a Polícia Federal intensificou as investigações e identificou grandes grupos de fornecedores regionais e nacionais, cujos líderes e integrantes foram presos hoje.
Foram apreendidos documentos e materiais de interesse para investigação, agrotóxicos, além de armas irregulares.
Os investigados responderão por comercialização e transporte de agroquímicos de uso proscrito (artigo 15 da Lei n° 7.802/89), constituição de organização criminosa (artigo 2° da Lei n° 12.850/2013), lavagem de dinheiro e outros crimes que vierem a ser descobertos. As penas variam de 2 (dois) a 10 (dez) anos de reclusão.
Leia nota na íntegra
“A defesa do vereador Antônio Aparecido Bernardes Filho informa que ainda não teve acesso a eventuais autos de processos em trâmite na 5ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Mato Grosso – SJMT.
Esclarece que a operação levada a efeito pela Policia Federal na data de hoje – 04.08.2021 -, se refere ao cumprimento de ordem judicial emanada do Juízo da 5ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Mato Grosso – SJMT, que apura o ingresso, transporte e comercialização de agrotóxicos ilegalmente importados. Várias pessoas foram conduzidas até a Delegacia da Polícia Federal em Sinop-MT, em razão de mandado de prisão temporária e, ao que parece, os mandados de prisão temporária têm o objetivo de ouvir todos os suspeitos. Houve ainda o cumprimento de vários mandados de busca e apreensão.
No que tange ao mandado de busca e apreensão cumprido na residência e no gabinete do Vereador Antônio Aparecido Bernardes Filho (PF), esclarecemos que não houve apreensão de arma ou de qualquer outro objeto ilícito.
O vereador Antônio Aparecido Bernardos Filho recebe com tranquilidade qualquer ato investigatório, nega veementemente qualquer participação ou envolvimento nos supostos ilícitos apurados, e de forma serene espera a correta e eficiente apuração dos fatos, reitera seu respeito e confiança no Poder Judiciário”.

POLÍTICA
Aprovado no Senado, projeto de Rosana Martinelli leva programa de videomonitoramento de MT para todo o país
“Vigia Mais” amplia integração de câmeras públicas e privadas para reforçar a segurança nacional

O Senado Federal aprovou o projeto de lei que institui, em âmbito nacional, o programa Vigia Mais, inspirado em uma iniciativa já em funcionamento no estado do Mato Grosso. De autoria da ex-senadora e atual suplente Rosana Martinelli (PL-MT), a proposta tem como objetivo fortalecer a segurança pública, ampliando e integrando o uso de câmeras de vigilância em espaços públicos e privados, com compartilhamento de imagens entre órgãos de segurança e entidades parceiras.
“Na verdade, é priorizando todas as pessoas que trafegam nas rodovias, porque ele cruza informações de todos os órgãos de segurança. Todos eles têm acesso a essas câmeras, o que permite à polícia agir com mais rapidez, evitando e contendo ações criminosas. A intenção é levar um modelo que já funciona em Mato Grosso para todo o Brasil, garantindo mais segurança nacional”, destacou Rosana Martinelli.
O PL 3.639/2024 foi aprovado com parecer favorável do senador Marcos Rogério (PL-RO), apresentado em plenário pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
O Vigia Mais é um programa baseado na integração de sistemas de videomonitoramento, reunindo câmeras instaladas tanto em espaços públicos quanto privados. Segundo a autora, as câmeras são estrategicamente posicionadas em áreas urbanas e rurais, permitindo o acompanhamento em tempo real de situações suspeitas e auxiliando na prevenção e repressão de crimes. O programa, que opera em Mato Grosso desde 2022, tem se mostrado eficaz no apoio às forças de segurança na identificação de infratores e na redução da criminalidade.
Além de ampliar a disponibilidade de câmeras, a proposta fomenta a cooperação entre os participantes e promete reduzir os custos do poder público com aquisição e manutenção de sistemas próprios de videomonitoramento, uma vez que as imagens passam a ser compartilhadas entre os parceiros do programa.
“O programa é um exemplo de como a tecnologia pode ser uma grande aliada na segurança pública, protegendo cidadãos, inibindo crimes e promovendo um ambiente mais seguro para todos”, concluiu Rosana Martinelli.
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