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VENDA DE SENTENÇAS

PF cumpre mandado contra lobista em prisão domiciliar em MT

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (3), mais uma fase da Operação Sisamnes, que investiga a venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e em outros estados.

Entre os alvos está o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como principal operador do esquema. Ele cumpre prisão domiciliar em Primavera do Leste, onde agentes da PF cumprem mandados nesta manhã.

A operação é sigilosa e cumpre deteminação do ministro Cristiano Zanin.

Andreson foi colocado em regime domiciliar em julho, após um laudo médico apontar risco de morte em razão de seu quadro clínico grave. À época, ele chegou a apresentar estado de saúde considerado esquelético.

As investigações da Operação Sisamnes tiveram início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá. Durante a apuração do crime, o celular de Zampieri foi apreendido, e o Ministério Público de Mato Grosso encontrou diálogos comprometedores com desembargadores. O material foi encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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O CNJ analisou as conversas e identificou suspeitas de que Zampieri comprava decisões judiciais de desembargadores, entre eles Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, ambos afastados dos cargos. As mensagens também revelaram sua relação próxima com um lobista de Brasília que afirmava ter acesso a gabinetes de ministros do STJ.

Esse lobista foi identificado como Andreson de Oliveira Gonçalves. Nas conversas, ele compartilhava minutas antecipadas de decisões do STJ e relatava pagamentos a assessores de ministros em troca de sentenças favoráveis.

Diante desses indícios, a PF deflagrou a Operação Sisamnes em novembro do ano passado e prendeu Andreson.

Com o avanço da investigação, a Polícia Federal descobriu transferências bancárias de empresas ligadas a ele para representantes de agentes públicos. Um dos repasses identificados foi de R$ 4 milhões a um servidor do STJ que atuou nos gabinetes de duas ministras da Corte.

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Mato Grosso sediará 1ª edição da COP Pantanal

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Foto: Divulgação

Em meio às crescentes urgências climáticas, o Pantanal mato-grossense receberá a primeira edição da COP Pantanal – Saberes e Ações pelo Clima, uma iniciativa inédita que busca colocar o bioma como protagonista no debate nacional e internacional sobre mudanças climáticas.

Organizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), o encontro será realizado, em Cáceres, de 10 a 12 de novembro. As inscrições estão abertas, até o dia 10 de novembro, no link meuevento.unemat.br/coppantanal-634175

O evento nasce com o propósito de promover uma plataforma de diálogo plural para comunidades tradicionais, o setor público e privado, movimentos sociais e escolas.

“A COP Pantanal vai reunir diversos atores sociais, entre comunidades locais, autoridades, pesquisadores e estudantes para pensar soluções concretas. O Pantanal é um patrimônio mundial e precisa estar no centro das discussões globais, principalmente considerando sua sensibilidade às alterações causadas pelo ser humano. Vamos mostrar como ciência, sociedade e natureza podem caminhar juntas no enfrentamento às mudanças climáticas”, explicou o organizador Ernandes Sobreira, professor da Unemat, Doutor em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Radboud University/Holanda.

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Pantanal no centro de uma nova agenda climática

A escolha do momento da COP Pantanal não é casual. Ela está alinhada ao calendário da COP 30, que ocorrerá em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro. A COP 30 representa o momento em que o mundo irá revisar compromissos, discutir financiamento climático, adaptação e mitigação. Ao promover a COP Pantanal juntamente com o encontro global, Mato Grosso busca consolidar uma voz direta do bioma no debate internacional.

Estrutura, metas e articulação institucional

Durante três dias, haverá palestras, oficinas, painéis de debate, audiência pública e a construção coletiva da Carta do Pantanal, documento que reunirá compromissos, demandas e propostas regionais para dialogar diretamente com agendas climáticas nacionais e internacionais.

A programação também integra eventos satélites: a Semana de Biologia da Unemat (Semabio) e a Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFMT (Jenpex), ampliando a participação de estudantes, pesquisadores e sociedade.

Por que a COP Pantanal importa?

O Pantanal é um dos maiores depósitos naturais de carbono e age como regulador hídrico em escala continental, sofrendo com secas prolongadas e queimadas que afetam biomas vizinhos.

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Ao sediar a COP Pantanal, Mato Grosso reforça sua posição como protagonista nas agendas ambientais e insere a região no roteiro das negociações climáticas globais, permitindo que as vozes pantaneiras dialoguem diretamente com líderes e tomadores de decisão da COP 30.

 

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