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À POLÍCIA CIVIL

Detetive nega que governador, 1ª dama e publicitário financiam investigação contra jornalista

Investigador foi ouvido em inquérito da Polícia Civil e não revelou contratante, mas disse que foi procurado em Campo Grande

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GERAL

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O detetive particular Ivancury Barbosa negou à polícia que tenha sido contratado pelo governador Mauro Mendes (DEM), pela primeira-dama Virgínia Mendes, pelo secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho ou pelo publicitário Ziad Fares para investigar o jornalista Alexandre Aprá, que acusa o investigador de ser integrante de um plano para difamá-lo e até para matá-lo. Ivancuri disse ainda que foi induzido pelo informante a citar os nomes e que o fez para ganhar a confiança da fonte.

A declaração, obtida em primeira mão pelo MT Notícias, foi dada na quinta-feira passada (16) em depoimento ao delegado Ruy Guilherme Peral da Silva, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, que preside um inquérito policial motivado pelo boletim de ocorrência registrado por Mauro Mendes acusando Aprá e os empresários Rodrigo Rodrigues e Marco Polo Freitas Pinheiro (Popó Pinheiro) de calúnia.

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O Ministério Público Estadual, que, segundo a Polícia Federal recebeu a notícia-crime feita por Aprá declinada no âmbito federal ainda não se pronunciou se vai abrir investigação ou não.  Em outra frente, a promotoria recebeu denúncia anônima sobre o caso no dia 13 de setembro e instaurou Notícia de Fato, que foi encaminhada à Delegacia Regional da Polícia Judiciária Civil, que a distribuiu para a 3ª Delegacia de Polícia, para as devidas apurações. Como se trata de denúncia anônima, o procedimento encontra-se sob sigilo.

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Ivancury compareceu espontaneamente à polícia e assinou um “termo de declaração” e, após a oitiva, foi incluído no inquérito como vítima. Disse, inicialmente, que responderia às perguntas “observando os limites do seu sigilo profissional” e não revelou quem o contratou para investigar o jornalista. Falou apenas que “foi contratado por um cliente em Campo Grande (MS)”.

O investigador negou que o trabalho era matar ou difamar Aprá. Também negou que trabalhasse para forjar situações de flagrante ligando o jornalista ao tráfico de drogas e à pedofilia. Segundo Ivancury, o objetivo era “apenas levantar informações, elaborar um relatório circunstanciado e entregá-lo ao seu cliente”.

Ao negar o envolvimento dos acusados por Aprá, Ivancury disse que os vídeos nos quais aparece citando os nomes de Mauro, Virgínia e Ziad são reais, mas que foram editados e distorcidos. “Citou o nome de Virgínia para tranquilizar o informante e ganhar a sua confiança … que na verdade quando conversava com o informante Bruno de Tal segurava um rascunho e não um contrato assinado por Ziad”, disse em trecho da declaração.

Na opinião do detetive, o informante Bruno manipulou toda a investigação “demonstrando-se, no primeiro momento como uma pessoa séria e que teria todas as informações, mas que na verdade induziu o declarante a citar nome de pessoas”. Ivancury também externou surpresa com a tática de Aprá de infiltrar uma pessoa de confiança na investigação para fazer o trabalho de um “falso informante”.

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Por fim, o detetive disse que vai representar criminalmente contra Aprá e Bruno, acusando-os de calúnia majorada, difamação e perseguição.

Por meio de nota, o governador lembrou que Aprá responde a vários processos “por cometer crimes contra a honra do governador Mauro Mendes e familiares” e ressaltou que “em um deles, foi condenado a um ano e três meses de detenção por calúnia, decisão que foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Também é réu em outro processo por produzir matéria contendo mentiras para difamar a primeira-dama Virginia Mendes”.

Sobre as acusações apresentadas à Polícia Federal, Mauro disse que são “mentirosas” e garantiu que irá processar Aprá por calúnia, difamação e formação de quadrilha, “uma vez que contou com o apoio de outras pessoas para montar essa nova farsa”.

Segundo o governador, o site do jornalista “é financiado por agentes políticos e adversários do governador, com contratos milionários, incompatíveis com a pequena estrutura que dispõe”.

Aprá não quis comentar as declarações do governador.

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GERAL

Governador nomeia Ricardo Almeida como novo desembargador

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O governador Mauro Mendes nomeou o advogado Ricardo Almeida para o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (3.11).

O advogado assume o cargo pelo Quinto Constitucional destinado à Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso.

Ele ficou em segundo lugar na lista tríplice da OAB, com 28 votos. Também compuseram a lista Juliana Zafino, que recebeu 29 votos, e Dauto Passare, com 23 votos.

O novo desembargador já atuou como juiz-membro titular do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) por dois mandatos consecutivos, entre 2014 e 2019, período em que também dirigiu a Escola Judiciária Eleitoral Des. Palmyro Pimenta.

Ricardo Almeida também fez parte da OAB-MT, onde ocupou cargos de conselheiro estadual e de membro do Tribunal de Prerrogativas.

A vaga foi aberta após a aposentadoria do desembargador Luiz Ferreira da Silva. No dia 15 de junho, o desembargador completou 75 anos, idade considerada limite para o exercício da magistratura.

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