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Personal executada

Delegado descarta participação de farmacêutica em assassinato

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GERAL

O delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), descartou a participação da farmacêutica Aline Valandro Kounz na morte da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes.

Ela também não será “punida” por ter fugido com o marido, o soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão.

Raylton foi preso e confessou ser o autor dos disparos que mataram Rozeli no dia 11 de setembro, em Várzea Grande. O crime foi motivado por uma ação judicial por danos morais contra a empresa do militar e da esposa, em razão de um acidente de trânsito.

A Polícia acredita que houve conivência e ajuda na fuga, mas a própria lei abre precedentes para isso, segundo o delegado. Além de Aline, os pais do militar foram ouvidos e apresentaram versões controversas.

“Favorecimento pessoal contra descendente, o próprio Código Penal entende que é uma exclusão de punibilidade. Não tem como o legislador exigir de uma família que entregue o marido, popularmente falando. Então, a própria lei isenta o pai, a mãe e os parentes de pena”, explicou o delegado.

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“Em relação à fuga, ela [Aline] está isenta de pena. Quanto ao homicídio, não há nenhum elemento que indique participação dela. Pode ter havido conivência, mas a legislação não pune a conivência, e sim a participação e a autoria”, completou.

Saída na madrugada

Um dos elementos citados por Abreu foi o fato de Raylton ter saído de casa durante a madrugada com a moto desligada, só ligando o veículo do lado de fora para evitar que a esposa acordasse.

Aline se entregou à Polícia no dia 23 de setembro, foi ouvida na DHPP e teve a prisão revogada pela Justiça no mesmo dia.

A decisão foi do juiz Pierro de Faria Mendes, da 1ª Vara Criminal. Ele acolheu o pedido do delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação, para revogar a prisão, por não haver indícios de autoria ou participação dela no crime.

O Ministério Público também concordou com o pedido de revogação.

O crime

Rozeli, que tinha 33 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo dentro de seu carro, um Renault Sandero, na manhã do dia 11 de setembro, na rua de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande.

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Câmeras de segurança registraram a execução, que ocorreu por volta das 6h20, quando Raylton e seu comparsa, que foi identificado como Victor Hugo, aparecem em uma motocicleta preta e se aproximaram do veículo de Rozeli e atiram quatro vezes contra ela.

A vítima seguia para uma academia na avenida Filinto Müller, onde trabalhava e treinava. Após o crime, os motociclistas fugiram.

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FAMOSOS

TCU revela R$ 10,6 milhões de sobrepreço em estradas de Mato Grosso com verbas do MAPA

Publicados

em

Foto: Divulgação

Fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou indícios de sobrepreço e possíveis desvios no valor de R$ 10,6 milhões em obras de recuperação de estradas vicinais feitas com verbas do Ministério da Agricultura.

O relatório cita quatro cidades de Mato Grosso, base eleitoral do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Ele foi vice-governador, é senador licenciado e uma das principais lideranças politicas do estado.

O TCU levantou deficiências em três procedimentos de engenharia. Vários pontos do relatório mencionam falhas de fiscalização que culminaram em R$ 10,6 milhões sob suspeita, assim distribuídos.

R$ 1,6 milhão – pagamentos de cascalho;

R$ 3,8 milhões – desembolsos por serviço sem comprovação de execução;

R$ 5,2 milhões – valor pago em material e pessoal que supera o necessário para a obra.

O Ministério da Agricultura não se posicionou. Ele foi acionado pelo UOL pelo email de atendimento à imprensa e por WhatsApp. O espaço segue aberto para comentários.

O relatório do TCU foi apresentado em 10 de setembro. O documento, redigido pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, se baseou em fiscalização feita entre março e novembro do ano passado e examinou obras contratadas entre 2019 e 2023.

Os quatro municípios citados pelo TCU não se manifestaram. A lista contém as seguintes cidades de Mato Grosso:

Convênios explodem sem fiscalização

O TCU ressalta o crescimento de convênios a partir de 2023. Este foi o primeiro ano de Fávaro à frente do Ministério da Agricultura. Até então, a forma preferida para transferência de verbas era por contrato de repasse —administrado e fiscalizado pela Caixa Econômica.

O relatório ressaltou a preferência que a gestão Fávaro deu aos convênios. Também é a apontado que Mato Grosso se tornou o principal destino destas verbas.

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10 convênios assinados entre 2019 e 2022

0,3% dos recursos para estradas vicinais saiam de convênios;

183 convênios firmados em 2023;

59% dos recursos para estradas vicinais saíram de convênios;

R$ 147,3 milhões (47,4%) de toda a verba para estradas vicinais foi para o Mato Grosso.

Enquanto os desembolsos cresceram, a fiscalização diminuiu. O TCU ressalta que, ao priorizar os convênios, o Ministério da Agricultura abriu mão de toda a expertise que a Caixa Econômica tinha na fiscalização de recuperação de estradas vicinais.

Transporte falso de cascalho

O TCU apontou pagamento de quase R$ 1,6 milhão por transportes que não aconteceram. A suspeita surgiu ao analisar a jazida indicada como fonte de cascalho para a recuperação de estradas vicinais na cidade de Canarana.

A jazida fica 34,68 km distante da obra. Foi pago R$ 1,6 milhão para caçambas fazerem este trajeto. Cálculos do TCU indicaram que o custo do serviço não passava de R$ 100 mil.

Fiscais descobriram que as viagens não aconteceram. Técnicos do TCU percorreram a estrada em recuperação e perceberam a retirada de cascalho da beira da rodovia.

O material foi coletado em pontos próximos ao canteiro de obras. “A DMT [distância média de transporte] do serviço de recomposição de revestimento primário seria de 0,95 km”, descreve um trecho do relatório.

O TCU indica uma discrepância milionária entre o que foi desembolsado e o custo real. Os valores foram calculados pelos técnicos responsáveis.

Pagar por um serviço e receber outro

O relatório indica R$ 3,8 milhões em sobrepreço nas obras. O motivo seria pagar pela recomposição mecanizada de aterro (um serviço mais caro), mas na verdade ser executada a elevação de greide (mais barata).

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Recomposição mecanizada de aterro – recuperação do aterro retomando suas dimensões e inclinações originais e eliminação de erosão.

Elevação de greide – aumentar a altura de uma via adicionando e compactando camadas de materiais como brita ou cascalho.

Outra vez é citado pagamento por transportes não executados. As prefeituras incluíram uso de caçambas para transportar material de jazida por 2 km.

O relatório considera o serviço desnecessário e afirma que ele não ocorreu. “Inexiste comprovação de que o caminhão basculante de 6 m3 tenha sido usado, não havendo nenhum registro desse equipamento, seja nos relatos das vistorias físicas, nos diários de obra ou nas fotografias incorporadas aos relatórios de acompanhamento.”.

Os cálculos apontaram o sobrepreço por cidade. A lista abaixo contém os valores:

Alta Floresta – R$ 285.759,38;

Canarana – R$ 1.890.255,24;

Gaúcha da Norte – R$ 694.069,61;

Querência – R$ 962.982,20;

Total – R$ 3.833.066,43.

Contratações superdimensionadas

O TCU descobriu ainda R$ 5,2 milhões em gastos com custeio acima do justificável. O motivo seria a contratação de máquinas, pessoas e serviços em quantidade acima do necessário para as obras.

O relatório ressalta que a recuperação de estradas vicinais não é algo complexo. “Os serviços relacionados à pista de rolamento se limitam a procedimentos de terraplenagem, visto que não há capas ou revestimentos asfálticos, de concreto ou qualquer acabamento que não o material terroso [cascalho].

Veja cálculo por município

Alta Floresta – R$ 987.988,14;

Canarana – R$ 1.695.970,92;

Gaúcha do Norte – R$ 1.144.079,28;

Querência – R$ 1.401.894,50;

Total – R$ 5.229.932,84.

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