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ARTIGO

Prestação de contas – Parte 3

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OPINIÃO

A parábola dos talentos nos ensina a importância da boa e regular utilização dos recursos que estão disponíveis em nossas mãos. É nosso dever aplicar os dons e os talentos da melhor forma possível.

Jamais devemos esquecer que a prestação de contas um dia chegará. Que não nos acomodemos achando que o nosso Senhor um dia não voltará. Pode passar o tempo que for, se desejamos ser recompensados e que tenhamos a prestação de contas aprovada, temos que ter a visão de um vigia que diuturnamente está conectado com o cenário no qual está inserido.

Essa parábola faz um paralelo com a segunda vinda de Cristo, que um dia tomará a prestação de contas de todos os indivíduos deste mundo.

Deve haver sincronia do nosso caráter hoje para que ele possa ser espelhado num futuro caráter. O que seremos no Céu é reflexo do que temos vivido e somos agora no aspecto do caráter, na aplicação dos talentos e no serviço sagrado.

A consequência da prestação de contas já sabemos, qual seja: um julgamento pela aprovação das contas ou uma decisão pela reprovação das prestações de contas.

Como está a sua prestação de contas hoje? Se Deus retornasse agora, qual seria o resultado da sua prestação de contas? Seriam aprovadas ou reprovadas? Por isso, é indispensável que você faça uma reflexão em sua vida, já que não sabemos o dia nem a hora em que o Tomador das contas retornará.

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A consequência pela aprovação das contas foi dirigida aos dois primeiros servos: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” Mateus 25:21.

Já a prestação de contas reprovadas, foi dirigida ao terceiro servo, que teve a seguinte consequência: “Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. E lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”. Mateus 25:28-30.

A oportunidade é oferecida a nós hoje. Vamos decidir como devemos encarar e cuidar dos nossos dons e talentos para que tenhamos um resultado mais satisfatório.

Vale ressaltar que nós recebemos dons e talentos proporcionais às responsabilidades que conseguimos suportar. Jamais Deus confiaria a nós uma responsabilidade além de nossas forças e capacidade. Se recebemos pouco ou muito, não importa, o relevante a saber é que é proporcional a nós e que devemos aplicar de forma mais assertiva.

O livro “Parábolas de Jesus” assim descreve: “E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá. Responsáveis por fazer um jota menos do que somos capazes. O Senhor mede com exatidão toda possibilidade para o serviço. As capacidades não utilizadas serão levadas em conta, tanto quanto as que empregamos. Deus nos tem como responsáveis por tudo que nos poderíamos tornar pelo bom uso de nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que nos cumpria fazer, mas que não executamos por não usar nossas faculdades para glorificar a Deus. Mesmo que não percamos a salvação, reconheceremos na eternidade a consequência de não empregarmos nossos talentos. Haverá eterna perda por todo conhecimento e capacidade não alcançados, que poderíamos ter ganho”.

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O resultado da prestação de contas vai muito além das questões de multiplicação dos talentos, ela atinge diretamente a nossa responsabilidade, conexão com Deus, possibilidade ou não de salvação. Nós podemos e devemos utilizar melhor esses recursos para que eles resultem numa prestação de contas adequada e de salvação.

 

*Francisney Liberato é Auditor do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Escritor. Palestrante e Professor há mais de 25 anos. Coach e Mentor. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa. Graduado em Administração, Ciências Contábeis (CRC-MT), Direito (OAB-MT) e Economia. Membro da Academia Mundial de Letras. https://francisneyliberato.my.canva.site/

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Imagina a seguinte cena: um especialista do agronegócio, cheio de dados brilhantes sobre produtividade, rastreabilidade e sustentabilidade. Sua apresentação é impecável, os gráficos saltam da tela, mas com um pequeno detalhe: do outro lado está a Dona Maria, que por acaso estava trabalhando no local da palestra, e ficou no cantinho vendo a apresentação. A Dona Maria não entendeu absolutamente nada. Ela quer saber se o tomate é docinho, se a alface está fresca, se a carne é macia.

Esse é o maior desafio no agro hoje, a comunicação!

Falamos tanto em fora da porteira, furar a bolha, em levar a mensagem além das cercas das propriedades. Mas de que adianta falar se quem ouve não entende? É como tentar explicar astrofísica usando equações diferenciais para uma criança de cinco anos. A intenção é boa, o resultado é nulo. A comunicação se torna uma ferramenta importante apenas quando é, de fato, uma via de mão dupla, com a mensagem chegando intacta e sendo compreendida.

O grande erro, e um muito comum, é pregar para o convertido. Ficamos confortáveis falando com nossos pares, usando jargões como ILP, agricultura de precisão ou barreira fitossanitária. É uma conversa gostosa, fluida, onde todos se entendem com um piscar de olhos. O problema é que isso não expande nosso alcance. Não conquistamos novos corações e mentes. É um clube fechado onde todos se conhecem e já concordam entre si.

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Mas existe uma situação pior do que pregar para convertidos: é pregar para surdos. A mensagem bate e volta. E aí mora o perigo, porque no vácuo da informação, nascem os mitos, as fake news e os preconceitos contra o setor.

O desafio central, portanto, é fazer a Dona Maria entender. Ela é a peça-chave. Ela representa o consumidor final, a sociedade urbana. Como fazer ela compreender a complexidade do modelo produtivo brasileiro? Como explicar que a dor do produtor não é só o preço da commodity, mas é a logística, o clima, a burocracia?

A resposta está numa palavra simples: adaptação. Adequar a linguagem ao público é a chave mestra. Em vez de suinocultura tecnificada com bem-estar animal, que tal “a gente cuida dos porquinhos com muito carinho e conforto para a carne ficar ainda melhor”? Em vez de grãos com alto potencial genético, que tal “sementes especiais que fazem a comida render mais no prato”?

Trata-se de contar histórias. Mostrar o rosto por trás do alimento. Explicar que a qualidade do produto está diretamente ligada ao cuidado na propriedade. Falar do potencial do agro brasileiro não com números de exportação, mas com o sabor da fruta, o cheiro do pão fresco com nosso trigo, a maciez do churrasco no final de semana.

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Quando conseguirmos traduzir a realidade do campo para a linguagem da cidade, as Donas Maria vão entender que existe muito trabalho, suor e dedicação naquele alimento, e mais, vai valorizar tanto o produto quanto o produtor. É a comunicação fazendo seu papel, levar a informação, as narrativas e as histórias de quem conta, de maneira que quem as ouve se imagina no lugar onde tudo aconteceu.

 

*Luciano Vacari é gestor de agronegócios e CEO da NeoAgro Consultoria.

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