TRAGÉDIA
Dois homens morrem afogados no Rio Cuiabá neste domingo
GERAL

Duas pessoas morreram afogadas neste domingo (5) no Rio Cuiabá. Uma delas foi o morador de rua Reginildo Raniere Cordeiro, de 37 anos, e a outra um homem identificado pelas iniciais R.S.C., de 34 anos.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, Reginildo foi localizado às margens do rio na região do Porto, por pessoas que estavam no píer.
Moradores da região afirmaram à Polícia que Reginildo vivia em situação de rua e sofria de epilepsia.
O local foi periciado e, em seguida, o corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML).
O corpo de R.S.C. foi localizado nas primeiras horas da manhã, por volta das 7h30. A vítima foi encontrada por pescadores, que conduziram o corpo até à margem do rio.
O Corpo de Bombeiros realizou a retirada do corpo da água e o encaminhou à viatura da equipe do IML para os procedimentos periciais.
Testemunhas afirmaram que a vítima estava no dia anterior ingerindo bebida alcoólica às margens do rio, acompanhado de três conhecidos. Os demais teriam deixado o local, e ele permaneceu sozinho, sendo encontrado na manhã deste domingo pelos pescadores.
Os casos serão investigados pela Polícia Civil.

FAMOSOS
TCU revela R$ 10,6 milhões de sobrepreço em estradas de Mato Grosso com verbas do MAPA

Fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou indícios de sobrepreço e possíveis desvios no valor de R$ 10,6 milhões em obras de recuperação de estradas vicinais feitas com verbas do Ministério da Agricultura.
O relatório cita quatro cidades de Mato Grosso, base eleitoral do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Ele foi vice-governador, é senador licenciado e uma das principais lideranças politicas do estado.
O TCU levantou deficiências em três procedimentos de engenharia. Vários pontos do relatório mencionam falhas de fiscalização que culminaram em R$ 10,6 milhões sob suspeita, assim distribuídos.
R$ 1,6 milhão – pagamentos de cascalho;
R$ 3,8 milhões – desembolsos por serviço sem comprovação de execução;
R$ 5,2 milhões – valor pago em material e pessoal que supera o necessário para a obra.
O Ministério da Agricultura não se posicionou. Ele foi acionado pelo UOL pelo email de atendimento à imprensa e por WhatsApp. O espaço segue aberto para comentários.
O relatório do TCU foi apresentado em 10 de setembro. O documento, redigido pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, se baseou em fiscalização feita entre março e novembro do ano passado e examinou obras contratadas entre 2019 e 2023.
Os quatro municípios citados pelo TCU não se manifestaram. A lista contém as seguintes cidades de Mato Grosso:
Convênios explodem sem fiscalização
O TCU ressalta o crescimento de convênios a partir de 2023. Este foi o primeiro ano de Fávaro à frente do Ministério da Agricultura. Até então, a forma preferida para transferência de verbas era por contrato de repasse —administrado e fiscalizado pela Caixa Econômica.
O relatório ressaltou a preferência que a gestão Fávaro deu aos convênios. Também é a apontado que Mato Grosso se tornou o principal destino destas verbas.
10 convênios assinados entre 2019 e 2022
0,3% dos recursos para estradas vicinais saiam de convênios;
183 convênios firmados em 2023;
59% dos recursos para estradas vicinais saíram de convênios;
R$ 147,3 milhões (47,4%) de toda a verba para estradas vicinais foi para o Mato Grosso.
Enquanto os desembolsos cresceram, a fiscalização diminuiu. O TCU ressalta que, ao priorizar os convênios, o Ministério da Agricultura abriu mão de toda a expertise que a Caixa Econômica tinha na fiscalização de recuperação de estradas vicinais.
Transporte falso de cascalho
O TCU apontou pagamento de quase R$ 1,6 milhão por transportes que não aconteceram. A suspeita surgiu ao analisar a jazida indicada como fonte de cascalho para a recuperação de estradas vicinais na cidade de Canarana.
A jazida fica 34,68 km distante da obra. Foi pago R$ 1,6 milhão para caçambas fazerem este trajeto. Cálculos do TCU indicaram que o custo do serviço não passava de R$ 100 mil.
Fiscais descobriram que as viagens não aconteceram. Técnicos do TCU percorreram a estrada em recuperação e perceberam a retirada de cascalho da beira da rodovia.
O material foi coletado em pontos próximos ao canteiro de obras. “A DMT [distância média de transporte] do serviço de recomposição de revestimento primário seria de 0,95 km”, descreve um trecho do relatório.
O TCU indica uma discrepância milionária entre o que foi desembolsado e o custo real. Os valores foram calculados pelos técnicos responsáveis.
Pagar por um serviço e receber outro
O relatório indica R$ 3,8 milhões em sobrepreço nas obras. O motivo seria pagar pela recomposição mecanizada de aterro (um serviço mais caro), mas na verdade ser executada a elevação de greide (mais barata).
Recomposição mecanizada de aterro – recuperação do aterro retomando suas dimensões e inclinações originais e eliminação de erosão.
Elevação de greide – aumentar a altura de uma via adicionando e compactando camadas de materiais como brita ou cascalho.
Outra vez é citado pagamento por transportes não executados. As prefeituras incluíram uso de caçambas para transportar material de jazida por 2 km.
O relatório considera o serviço desnecessário e afirma que ele não ocorreu. “Inexiste comprovação de que o caminhão basculante de 6 m3 tenha sido usado, não havendo nenhum registro desse equipamento, seja nos relatos das vistorias físicas, nos diários de obra ou nas fotografias incorporadas aos relatórios de acompanhamento.”.
Os cálculos apontaram o sobrepreço por cidade. A lista abaixo contém os valores:
Alta Floresta – R$ 285.759,38;
Canarana – R$ 1.890.255,24;
Gaúcha da Norte – R$ 694.069,61;
Querência – R$ 962.982,20;
Total – R$ 3.833.066,43.
Contratações superdimensionadas
O TCU descobriu ainda R$ 5,2 milhões em gastos com custeio acima do justificável. O motivo seria a contratação de máquinas, pessoas e serviços em quantidade acima do necessário para as obras.
O relatório ressalta que a recuperação de estradas vicinais não é algo complexo. “Os serviços relacionados à pista de rolamento se limitam a procedimentos de terraplenagem, visto que não há capas ou revestimentos asfálticos, de concreto ou qualquer acabamento que não o material terroso [cascalho].
Veja cálculo por município
Alta Floresta – R$ 987.988,14;
Canarana – R$ 1.695.970,92;
Gaúcha do Norte – R$ 1.144.079,28;
Querência – R$ 1.401.894,50;
Total – R$ 5.229.932,84.
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