Videomonitoramento
Unidades do Detran no Estado são monitoradas por 750 câmeras do Programa Vigia Mais MT
A intenção é fortalecer a segurança institucional, prevenir atos de vandalismo, resguardar o patrimônio público e ampliar a proteção dos servidores e cidadãos
GERAL

Setecentas e cinquenta câmeras do programa Vigia Mais MT, do Governo do Estado, foram instaladas na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), em Cuiabá, bem como em todas as unidades descentralizadas do órgão no Estado.
Somente na sede do Detran, na Capital, foram instaladas 148 câmeras em pontos estratégicos como espaços de maior circulação de pessoas e de permanência de bens móveis e imóveis. As outras 602 câmeras foram distribuídas nas 62 Ciretrans no interior do Estado.
A 49ª Ciretran de Lucas do Rio Verde é uma das unidades do Detran-MT que já conta com as câmeras de segurança. “Em nossa unidade foram instaladas 15 câmeras na parte externa e interna, no nosso pátio, setor de vistoria, trazendo mais segurança tanto para proteção patrimonial quanto para os cidadãos que buscam nossa Ciretran”, comentou o chefe da unidade, Adalberto Coelho Fernandes.
A intenção com o videomonitoramento é fortalecer a segurança institucional, prevenir atos de vandalismo, resguardar o patrimônio público e ampliar a proteção dos servidores e cidadãos que frequentam as dependências do Detran no Estado.
“A instalação das câmeras, além de contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro, integra o conjunto de ações de modernização da Autarquia e reafirma o compromisso do Detran-MT com a segurança, transparência e a eficiência administrativa”, ressaltou o presidente do órgão, Gustavo Vasconcelos.
As câmeras instaladas nas unidades do Detran são dos modelos speed domes, que permitem o giro de 360º e câmeras fixas com tecnologias de Inteligência artificial embarcada e OCRs, que realizam a leitura de placas de veículos e analisam caracteres. Fixas, os equipamentos têm alcance de até 200 metros.
Vigia Mais MT
O Vigia Mais MT é um programa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), que já alcança 128 municípios com 15.000 câmeras instaladas.
Os equipamentos são integrados ao sistema de videomonitoramento do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), contribuindo para ações de prevenção e resposta rápida às ocorrências em todo o Estado.

FAMOSOS
TCU revela R$ 10,6 milhões de sobrepreço em estradas de Mato Grosso com verbas do MAPA

Fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou indícios de sobrepreço e possíveis desvios no valor de R$ 10,6 milhões em obras de recuperação de estradas vicinais feitas com verbas do Ministério da Agricultura.
O relatório cita quatro cidades de Mato Grosso, base eleitoral do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Ele foi vice-governador, é senador licenciado e uma das principais lideranças politicas do estado.
O TCU levantou deficiências em três procedimentos de engenharia. Vários pontos do relatório mencionam falhas de fiscalização que culminaram em R$ 10,6 milhões sob suspeita, assim distribuídos.
R$ 1,6 milhão – pagamentos de cascalho;
R$ 3,8 milhões – desembolsos por serviço sem comprovação de execução;
R$ 5,2 milhões – valor pago em material e pessoal que supera o necessário para a obra.
O Ministério da Agricultura não se posicionou. Ele foi acionado pelo UOL pelo email de atendimento à imprensa e por WhatsApp. O espaço segue aberto para comentários.
O relatório do TCU foi apresentado em 10 de setembro. O documento, redigido pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, se baseou em fiscalização feita entre março e novembro do ano passado e examinou obras contratadas entre 2019 e 2023.
Os quatro municípios citados pelo TCU não se manifestaram. A lista contém as seguintes cidades de Mato Grosso:
Convênios explodem sem fiscalização
O TCU ressalta o crescimento de convênios a partir de 2023. Este foi o primeiro ano de Fávaro à frente do Ministério da Agricultura. Até então, a forma preferida para transferência de verbas era por contrato de repasse —administrado e fiscalizado pela Caixa Econômica.
O relatório ressaltou a preferência que a gestão Fávaro deu aos convênios. Também é a apontado que Mato Grosso se tornou o principal destino destas verbas.
10 convênios assinados entre 2019 e 2022
0,3% dos recursos para estradas vicinais saiam de convênios;
183 convênios firmados em 2023;
59% dos recursos para estradas vicinais saíram de convênios;
R$ 147,3 milhões (47,4%) de toda a verba para estradas vicinais foi para o Mato Grosso.
Enquanto os desembolsos cresceram, a fiscalização diminuiu. O TCU ressalta que, ao priorizar os convênios, o Ministério da Agricultura abriu mão de toda a expertise que a Caixa Econômica tinha na fiscalização de recuperação de estradas vicinais.
Transporte falso de cascalho
O TCU apontou pagamento de quase R$ 1,6 milhão por transportes que não aconteceram. A suspeita surgiu ao analisar a jazida indicada como fonte de cascalho para a recuperação de estradas vicinais na cidade de Canarana.
A jazida fica 34,68 km distante da obra. Foi pago R$ 1,6 milhão para caçambas fazerem este trajeto. Cálculos do TCU indicaram que o custo do serviço não passava de R$ 100 mil.
Fiscais descobriram que as viagens não aconteceram. Técnicos do TCU percorreram a estrada em recuperação e perceberam a retirada de cascalho da beira da rodovia.
O material foi coletado em pontos próximos ao canteiro de obras. “A DMT [distância média de transporte] do serviço de recomposição de revestimento primário seria de 0,95 km”, descreve um trecho do relatório.
O TCU indica uma discrepância milionária entre o que foi desembolsado e o custo real. Os valores foram calculados pelos técnicos responsáveis.
Pagar por um serviço e receber outro
O relatório indica R$ 3,8 milhões em sobrepreço nas obras. O motivo seria pagar pela recomposição mecanizada de aterro (um serviço mais caro), mas na verdade ser executada a elevação de greide (mais barata).
Recomposição mecanizada de aterro – recuperação do aterro retomando suas dimensões e inclinações originais e eliminação de erosão.
Elevação de greide – aumentar a altura de uma via adicionando e compactando camadas de materiais como brita ou cascalho.
Outra vez é citado pagamento por transportes não executados. As prefeituras incluíram uso de caçambas para transportar material de jazida por 2 km.
O relatório considera o serviço desnecessário e afirma que ele não ocorreu. “Inexiste comprovação de que o caminhão basculante de 6 m3 tenha sido usado, não havendo nenhum registro desse equipamento, seja nos relatos das vistorias físicas, nos diários de obra ou nas fotografias incorporadas aos relatórios de acompanhamento.”.
Os cálculos apontaram o sobrepreço por cidade. A lista abaixo contém os valores:
Alta Floresta – R$ 285.759,38;
Canarana – R$ 1.890.255,24;
Gaúcha da Norte – R$ 694.069,61;
Querência – R$ 962.982,20;
Total – R$ 3.833.066,43.
Contratações superdimensionadas
O TCU descobriu ainda R$ 5,2 milhões em gastos com custeio acima do justificável. O motivo seria a contratação de máquinas, pessoas e serviços em quantidade acima do necessário para as obras.
O relatório ressalta que a recuperação de estradas vicinais não é algo complexo. “Os serviços relacionados à pista de rolamento se limitam a procedimentos de terraplenagem, visto que não há capas ou revestimentos asfálticos, de concreto ou qualquer acabamento que não o material terroso [cascalho].
Veja cálculo por município
Alta Floresta – R$ 987.988,14;
Canarana – R$ 1.695.970,92;
Gaúcha do Norte – R$ 1.144.079,28;
Querência – R$ 1.401.894,50;
Total – R$ 5.229.932,84.
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