Safra 24/25
Mato Grosso consolida liderança e encerra safra de algodão com crescimento de 8%
GERAL

Mato Grosso encerrou a colheita da safra 2024/2025 de algodão e manteve a liderança nacional na produção da fibra. O estado segue como principal produtor no Brasil, com ampla participação no volume total colhido em todo o país.
De acordo com o 12º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Mato Grosso produziu 6,92 milhões de toneladas de algodão em caroço e pluma, um crescimento de 8,3% em relação ao ciclo anterior, quando foram registradas 6,3 milhões de toneladas. A área plantada também avançou, passando de 1,41 milhão de hectares para 1,46 milhão, aumento de 3,3%.
O desempenho coloca o estado como responsável por 71% de toda a produção nacional de algodão. Apenas em pluma, foram produzidas 2,87 milhões de toneladas, consolidando a posição de Mato Grosso como o maior produtor do país. Os números refletem a força do setor agrícola local e a importância da cultura para a economia estadual e nacional.
Para a secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Sedec, Linacis Silva Vogel Lisboa, os resultados da safra 24/25 reforçam a posição de Mato Grosso como protagonista na produção agrícola e evidenciam a força do setor algodoeiro para a economia do estado.
“O crescimento da safra mostra como Mato Grosso vem se destacando cada vez mais. Temos um clima favorável, produtores que investem em tecnologia e práticas de manejo que aumentam a produtividade. Tudo isso faz com que o algodão seja um setor que não só gera muitos empregos, mas também movimenta a economia em várias áreas, do campo ao transporte e às exportações. É um resultado que reforça o papel estratégico do nosso estado na agricultura brasileira.”

FAMOSOS
TCU revela R$ 10,6 milhões de sobrepreço em estradas de Mato Grosso com verbas do MAPA

Fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou indícios de sobrepreço e possíveis desvios no valor de R$ 10,6 milhões em obras de recuperação de estradas vicinais feitas com verbas do Ministério da Agricultura.
O relatório cita quatro cidades de Mato Grosso, base eleitoral do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Ele foi vice-governador, é senador licenciado e uma das principais lideranças politicas do estado.
O TCU levantou deficiências em três procedimentos de engenharia. Vários pontos do relatório mencionam falhas de fiscalização que culminaram em R$ 10,6 milhões sob suspeita, assim distribuídos.
R$ 1,6 milhão – pagamentos de cascalho;
R$ 3,8 milhões – desembolsos por serviço sem comprovação de execução;
R$ 5,2 milhões – valor pago em material e pessoal que supera o necessário para a obra.
O Ministério da Agricultura não se posicionou. Ele foi acionado pelo UOL pelo email de atendimento à imprensa e por WhatsApp. O espaço segue aberto para comentários.
O relatório do TCU foi apresentado em 10 de setembro. O documento, redigido pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, se baseou em fiscalização feita entre março e novembro do ano passado e examinou obras contratadas entre 2019 e 2023.
Os quatro municípios citados pelo TCU não se manifestaram. A lista contém as seguintes cidades de Mato Grosso:
Convênios explodem sem fiscalização
O TCU ressalta o crescimento de convênios a partir de 2023. Este foi o primeiro ano de Fávaro à frente do Ministério da Agricultura. Até então, a forma preferida para transferência de verbas era por contrato de repasse —administrado e fiscalizado pela Caixa Econômica.
O relatório ressaltou a preferência que a gestão Fávaro deu aos convênios. Também é a apontado que Mato Grosso se tornou o principal destino destas verbas.
10 convênios assinados entre 2019 e 2022
0,3% dos recursos para estradas vicinais saiam de convênios;
183 convênios firmados em 2023;
59% dos recursos para estradas vicinais saíram de convênios;
R$ 147,3 milhões (47,4%) de toda a verba para estradas vicinais foi para o Mato Grosso.
Enquanto os desembolsos cresceram, a fiscalização diminuiu. O TCU ressalta que, ao priorizar os convênios, o Ministério da Agricultura abriu mão de toda a expertise que a Caixa Econômica tinha na fiscalização de recuperação de estradas vicinais.
Transporte falso de cascalho
O TCU apontou pagamento de quase R$ 1,6 milhão por transportes que não aconteceram. A suspeita surgiu ao analisar a jazida indicada como fonte de cascalho para a recuperação de estradas vicinais na cidade de Canarana.
A jazida fica 34,68 km distante da obra. Foi pago R$ 1,6 milhão para caçambas fazerem este trajeto. Cálculos do TCU indicaram que o custo do serviço não passava de R$ 100 mil.
Fiscais descobriram que as viagens não aconteceram. Técnicos do TCU percorreram a estrada em recuperação e perceberam a retirada de cascalho da beira da rodovia.
O material foi coletado em pontos próximos ao canteiro de obras. “A DMT [distância média de transporte] do serviço de recomposição de revestimento primário seria de 0,95 km”, descreve um trecho do relatório.
O TCU indica uma discrepância milionária entre o que foi desembolsado e o custo real. Os valores foram calculados pelos técnicos responsáveis.
Pagar por um serviço e receber outro
O relatório indica R$ 3,8 milhões em sobrepreço nas obras. O motivo seria pagar pela recomposição mecanizada de aterro (um serviço mais caro), mas na verdade ser executada a elevação de greide (mais barata).
Recomposição mecanizada de aterro – recuperação do aterro retomando suas dimensões e inclinações originais e eliminação de erosão.
Elevação de greide – aumentar a altura de uma via adicionando e compactando camadas de materiais como brita ou cascalho.
Outra vez é citado pagamento por transportes não executados. As prefeituras incluíram uso de caçambas para transportar material de jazida por 2 km.
O relatório considera o serviço desnecessário e afirma que ele não ocorreu. “Inexiste comprovação de que o caminhão basculante de 6 m3 tenha sido usado, não havendo nenhum registro desse equipamento, seja nos relatos das vistorias físicas, nos diários de obra ou nas fotografias incorporadas aos relatórios de acompanhamento.”.
Os cálculos apontaram o sobrepreço por cidade. A lista abaixo contém os valores:
Alta Floresta – R$ 285.759,38;
Canarana – R$ 1.890.255,24;
Gaúcha da Norte – R$ 694.069,61;
Querência – R$ 962.982,20;
Total – R$ 3.833.066,43.
Contratações superdimensionadas
O TCU descobriu ainda R$ 5,2 milhões em gastos com custeio acima do justificável. O motivo seria a contratação de máquinas, pessoas e serviços em quantidade acima do necessário para as obras.
O relatório ressalta que a recuperação de estradas vicinais não é algo complexo. “Os serviços relacionados à pista de rolamento se limitam a procedimentos de terraplenagem, visto que não há capas ou revestimentos asfálticos, de concreto ou qualquer acabamento que não o material terroso [cascalho].
Veja cálculo por município
Alta Floresta – R$ 987.988,14;
Canarana – R$ 1.695.970,92;
Gaúcha do Norte – R$ 1.144.079,28;
Querência – R$ 1.401.894,50;
Total – R$ 5.229.932,84.
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