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Controle, transparência e confiabilidade

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OPINIÃO

O Programa Nacional de Rastreabilidade de Agrotóxicos – PNRA representa um marco fundamental na evolução do controle e da transparência na produção, transporte e no uso de defensivos agrícolas no Brasil. Criado pela PORTARIA MAPA nº 805 de 09 de junho de 2025, o PNRA tem a finalidade de promover a rastreabilidade de produtos agrotóxicos e afins em toda a sua cadeia produtiva, assegurando a qualidade e a confiabilidade dos produtos ao longo de toda a cadeia produtiva.

Neste contexto, a rastreabilidade de insumos é o processo que permite acompanhar a história, a produção, a distribuição e destino final de um agrotóxico, desde a sua fabricação até o ponto de venda final ou de uso pelo produtor rural, e essa capacidade de rastrear é crucial para a garantia da qualidade e segurança de todo o processo produtivo.

Quando um insumo é devidamente rastreado, é possível verificar, utilizando de uma tecnologia simples e barata, a origem, número do lote, data de fabricação e validade por exemplo, assegurando que se trata de um produto registrado e dentro dos padrões exigidos pelas autoridades regulatórias. Isso confere uma confiabilidade intrínseca ao produto, pois o agricultor tem a certeza de estar utilizando um item legal e eficaz.

A segurança do usuário – seja o agricultor no campo, o trabalhador envolvido na aplicação ou o consumidor final – é o pilar mais importante do programa. Ao controlar a origem, a distribuição e o destino final dos agrotóxicos, reduz-se drasticamente o risco de exposição a produtos adulterados, contrabandeados ou falsificados, que podem apresentar perigos imensos à saúde humana e ao meio ambiente. A rastreabilidade permite ações de recall mais ágeis e precisas em caso de identificação de não conformidades, protegendo a população e preservando a imagem do setor agrícola.

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Porém, existe um erro conceitual na Portaria do MAPA, o uso da tecnologia! Ao limitar ao uso da tecnologia IFR, o governo federal encarece o processo, limita a escolha dos fabricantes, e pior, inviabiliza o programa.

Uma das ferramentas mais eficientes que devem ser adotadas pelo programa é a utilização do QR Code nas embalagens. Esse código de barras bidimensional e que pode ser facilmente lido pela câmera de um smartphone, tornou-se a porta de entrada para um vasto conjunto de informações importantes para o processo de rastreabilidade. Ao escanear o código, o agricultor, o fiscal ou mesmo o distribuidor tem acesso imediato a dados essenciais, tais como: número de registro do produto no MAPA, composição, culturas para as quais é indicado, dosagens recomendadas, instruções de uso, equipamentos de proteção individual (EPI) necessários e o prazo de carência – intervalo de segurança entre a última aplicação e a colheita.

Essas informações são vitais para assegurar a aplicação correta e segura do defensivo, prevenindo resíduos acima dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) permitidos nos alimentos. Para os órgãos de fiscalização, o QR Code agiliza a verificação da legalidade do produto em campo, combatendo o mercado ilegal. A coleta e a disponibilização desses dados são obrigações dos fabricantes e importadores, que devem alimentar um sistema integrado de controle.

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A implementação da rastreabilidade fortalece toda a cadeia. O varejo e os canais de distribuição passam a trabalhar com produtos de origem conhecida e garantida. O produtor rural ganha em assistência técnica e em segurança jurídica, podendo comprovar a origem dos insumos utilizados em sua propriedade. Por fim, e não menos importante, ganha o consumidor, que tem a certeza de que está consumindo um alimento que foi produzido seguindo os mais rigorosos critérios de boas práticas de produção e fabricação.

É o setor público levando controle, transparência e confiabilidade para o usuário, e voltando atrás quando necessário. Aliás, como deve ser.

 

*Luciano Vacari é gestor de agronegócios e CEO da NeoAgro Consultoria.

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OPINIÃO

Prestação de contas – Parte 3

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A parábola dos talentos nos ensina a importância da boa e regular utilização dos recursos que estão disponíveis em nossas mãos. É nosso dever aplicar os dons e os talentos da melhor forma possível.

Jamais devemos esquecer que a prestação de contas um dia chegará. Que não nos acomodemos achando que o nosso Senhor um dia não voltará. Pode passar o tempo que for, se desejamos ser recompensados e que tenhamos a prestação de contas aprovada, temos que ter a visão de um vigia que diuturnamente está conectado com o cenário no qual está inserido.

Essa parábola faz um paralelo com a segunda vinda de Cristo, que um dia tomará a prestação de contas de todos os indivíduos deste mundo.

Deve haver sincronia do nosso caráter hoje para que ele possa ser espelhado num futuro caráter. O que seremos no Céu é reflexo do que temos vivido e somos agora no aspecto do caráter, na aplicação dos talentos e no serviço sagrado.

A consequência da prestação de contas já sabemos, qual seja: um julgamento pela aprovação das contas ou uma decisão pela reprovação das prestações de contas.

Como está a sua prestação de contas hoje? Se Deus retornasse agora, qual seria o resultado da sua prestação de contas? Seriam aprovadas ou reprovadas? Por isso, é indispensável que você faça uma reflexão em sua vida, já que não sabemos o dia nem a hora em que o Tomador das contas retornará.

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A consequência pela aprovação das contas foi dirigida aos dois primeiros servos: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” Mateus 25:21.

Já a prestação de contas reprovadas, foi dirigida ao terceiro servo, que teve a seguinte consequência: “Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. E lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”. Mateus 25:28-30.

A oportunidade é oferecida a nós hoje. Vamos decidir como devemos encarar e cuidar dos nossos dons e talentos para que tenhamos um resultado mais satisfatório.

Vale ressaltar que nós recebemos dons e talentos proporcionais às responsabilidades que conseguimos suportar. Jamais Deus confiaria a nós uma responsabilidade além de nossas forças e capacidade. Se recebemos pouco ou muito, não importa, o relevante a saber é que é proporcional a nós e que devemos aplicar de forma mais assertiva.

O livro “Parábolas de Jesus” assim descreve: “E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá. Responsáveis por fazer um jota menos do que somos capazes. O Senhor mede com exatidão toda possibilidade para o serviço. As capacidades não utilizadas serão levadas em conta, tanto quanto as que empregamos. Deus nos tem como responsáveis por tudo que nos poderíamos tornar pelo bom uso de nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que nos cumpria fazer, mas que não executamos por não usar nossas faculdades para glorificar a Deus. Mesmo que não percamos a salvação, reconheceremos na eternidade a consequência de não empregarmos nossos talentos. Haverá eterna perda por todo conhecimento e capacidade não alcançados, que poderíamos ter ganho”.

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O resultado da prestação de contas vai muito além das questões de multiplicação dos talentos, ela atinge diretamente a nossa responsabilidade, conexão com Deus, possibilidade ou não de salvação. Nós podemos e devemos utilizar melhor esses recursos para que eles resultem numa prestação de contas adequada e de salvação.

 

*Francisney Liberato é Auditor do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Escritor. Palestrante e Professor há mais de 25 anos. Coach e Mentor. Mestre em Educação. Doutor Honoris Causa. Graduado em Administração, Ciências Contábeis (CRC-MT), Direito (OAB-MT) e Economia. Membro da Academia Mundial de Letras. https://francisneyliberato.my.canva.site/

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