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POLITÍCA NACIONAL

Presidente do Republicanos se distancia da campanha de Bolsonaro

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POLITÍCA NACIONAL

Bolsonaro e Pereira
Marcos Corrêa / PR – 29.07.2022

Bolsonaro e Pereira

Embora o Republicanos forme com PP e PL o tripé do Centrão, a base do governo no Congresso, o presidente da legenda, deputado Marcos Pereira (SP), está alijado do núcleo duro da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro. O parlamentar é o único cacique desses três partidos que não tem participado das reuniões do grupo e, segundo ele, porque jamais foi convidado.

“Falar que estou afastado não é justo. Ninguém nunca me chamou para reunião nenhuma”, disse Pereira ao GLOBO.

O distanciamento se acirrou há dez dias, quando a ex-ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos Damares Alves, filiada ao Republicanos, perdeu o posto de candidata ao Senado de Bolsonaro no Distrito Federal. Ela foi preterida por outra ex-ministra do atual governo, Flávia Arruda (PL), titular da Secretaria de Governo até o início deste ano. Na ocasião, o próprio Bolsonaro entrou em ação para retirar Damares de seu palanque na capital. Ele se reuniu com a auxiliar no Palácio do Planalto para comunicá-la da opção por Flávia.

Marcos Pereira afirma que não foi consultado sobre o acordo. Depois disso, o presidente do Republicanos sequer compareceu à convenção do PL no último domingo, no Rio, em que o partido aliado formalizou a candidatura à reeleição de Bolsonaro.

Pereira alega que não apareceu no evento em consequência de agendas de campanha. Ele diz, porém, que tratou do assunto com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, e com Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Ambos estão na linha de frente do grupo que trabalha pela reeleição do titular do Palácio do Planalto.

“Falar que não fui na convenção, ok. Já justifiquei ao Flávio e ao Valdemar, mas falar que estou afastado não é justo”, disse.

Candidato à reeleição à Câmara, Marcos Pereira afirma que tem ficado longe de Brasília, onde ocorrem as reuniões da campanha de Bolsonaro, por estar buscando votos para ele e seus correligionários. Alega ainda que tem se empenhado num dos principais projetos eleitorais do seu partido neste ano: a candidatura do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo. Esse, inclusive, é outro foco de tensão entre bolsonaristas e Pereira. Os aliados do presidente costumam se queixar de que o cacique do Republicanos trabalha para afastar Tarcísio de Bolsonaro.

Ruídos

Apesar dos sucessivos episódios de descompasso com os aliados, Marcos Pereira evita falar em crise e afirma que Bolsonaro confirmou presença na convenção do Republicanos, em que o partido vai formalizar a entrada de Tarcísio na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

“Esperamos o presidente com muito entusiasmo e estamos confiantes na eleição dele e do Tarcísio. Tenho falado dele em todos os eventos que participo”, diz.

Os primeiros ruídos entre o Republicanos e o chefe do Executivo ocorreram em fevereiro, três meses depois que Bolsonaro anunciou a seu filiação ao PL e prometeu distribuir seus aliados mais próximos entre os três maiores partidos do Centrão. Na ocasião, Pereira se incomodou por considerar que o presidente estava privilegiando PP e PL com o ingresso dos políticos com maior potencial de votos, como o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), por exemplo, que acompanhou o pai e está no PL. Com isso, conseguiu a filiação de dois dos mais populares ministros do governo, Tarcísio e Damares, que agora pode ficar fora da eleição.

Ao GLOBO, Flávio Bolsonaro negou que haja qualquer distanciamento da legenda comandada por Pereira. Segundo o senador, prova disso é a ida de um dos principais ativos eleitorais do grupo político para o Republicanos.

“Não estou vendo o Republicanos alijado do processo. Pelo contrário, temos parcerias em vários estados. O principal ativo político do governo, que é o (ex-ministro da Infraestrutura) Tarcísio de Freitas, está filiado ao Republicanos”, disse o senador e coordenador da pré- campanha do presidente.

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Fonte: IG Política

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POLÍTICA

Juíza rejeita denúncias na Operação Polygonum por redundância nas acusações

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Na última decisão proferida pela juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, uma série de denúncias contra André Luís Torres Baby, ex-secretário estadual, e outros acusados, provenientes da Operação Polygonum, foram rejeitadas. Esta operação visava desmantelar alegações de uma organização criminosa infiltrada na Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), acusada de angariar vantagens financeiras através da prática de infrações penais.

As acusações giravam em torno da inserção de informações falsas nos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), um sistema crucial para a gestão de informações ambientais em propriedades rurais. As denúncias sugeriam que agentes públicos, em colaboração com indivíduos privados, estariam envolvidos na adulteração dessas informações, acarretando danos significativos ao meio ambiente e minando os mecanismos de controle dos órgãos ambientais.

A decisão da magistrada fundamentou-se na constatação de que as acusações apresentavam uma redundância substancial, centrando-se nos mesmos eventos. Tal cenário poderia potencialmente resultar em múltiplas condenações pelos mesmos atos, o que a juíza considerou prejudicial ao princípio da legalidade e da justiça.

A complexidade dos crimes ambientais foi evidenciada durante as operações e investigações que culminaram nas denúncias. Contudo, a recusa em aceitar as denúncias sublinha a necessidade de precisão na formulação das acusações e no respeito aos direitos dos acusados.

“Diante do exposto, tendo sido observada a pretensão ministerial de processar e julgar os acusados ANDRÉ LUIS TORRES BABY, JOÃO DIAS FILHO, JOÃO FELIPE ALVES DE SOUZA, GUILHERME AUGUSTO RIBEIRO, VALDICLÉIA SANTOS DA LUZ, ALAN RICHARD FALCÃO DIAS, DEOCLIDES DE CAMPOS LIMA, LUANA RIBEIRO GASPAROTTO e PATRÍCIA MORAES FERREIRA, por mais de uma vez, pelo mesmo fato criminoso, possibilitaria múltipla reprovação de um mesmo comportamento, o que deve ser rechaçado por este juízo no controle jurídico do poder-dever de acusar do Ministério Público”, destacou a decisão da juíza Ana Cristina Mendes.

Essa decisão ressalta a importância da diligência e da conformidade com os princípios legais no curso das investigações e processos judiciais, especialmente em casos sensíveis que envolvem danos ambientais e responsabilidades públicas.

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