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MATO GROSSO

Governador dá ordem de serviço para obras de novo hospital, aeroporto, e assina mais R$ 34 milhões para Juara, Juína e região

Publicado em

MATO GROSSO

O governador Mauro Mendes percorre o noroeste do Estado, nesta segunda-feira (09.05), e assina ordem de serviço para início imediato do Hospital Regional de Juína, do aeródromo de Juara, além de assinar convênios para mais R$ 34 milhões em investimentos na região.

A agenda inicia em Juara, a partir das 8h, com a assinatura de convênios e lançamentos de obras para o município.

O evento ocorre no aeródromo, mesmo local que receberá ordem de serviço para as obras de ampliação, pavimentação asfáltica da pista de pouso e decolagem e construção da cerca operacional. O Governo do Estado investe R$ 5,7 milhões na obra, via Programa de Investimento em Aeródromos Públicos.

Outro convênio em prol do município é a reforma da ponte sobre o Rio dos Peixes, na MT-325/MT-160. A ponte tem 160 metros e recebe R$ 946,1 mil do Estado para que a Prefeitura execute os trabalhos.

Outros R$ 3,1 milhões do Governo de Mato Grosso serão destinados para que a prefeitura faça asfalto novo e drenagem em diversas ruas dos bairros Continental e Jardim Primavera, abrangendo uma extensão de 18,5 mil m².

O município de Novo Horizonte do Norte também será beneficiado no ato, com a assinatura de convênio para a construção de 48 casas populares no Loteamento Viva Brasil, no valor de R$ 6,6 milhões. A demanda foi articulada pela primeira-dama Virginia Mendes, em parceria com as secretarias de Infraestrutura e de Assistência Social.

Além da construção das casas, o Governo do Estado irá repassar R$ 700 mil ao município para asfaltar as ruas do loteamento. Ainda para Novo Horizonte do Norte, serão destinados mais R$ 513 mil do Estado para a compra de material voltado a asfaltar 12 ruas e avenidas urbanas.

Juína

Em seguida, às 10h, Mauro Mendes chega a Juína e vistoria as obras de restauração de 106 km da MT-170, no trecho que liga o município a Castanheira. O Estado investe R$ 48,3 milhões nas obras.

Após, o governador inspeciona o local onde será construído o Hospital Regional de Juína.

Às 12h, na Associação Comercial de Juína, Mauro Mendes dá ordem de serviço para a construção do hospital, que vai contar com 111 leitos de enfermaria e 40 leitos de UTI – entre adulto, pediátrico, neonatal e unidade semi-intensiva neonatal – para atendimento na média e alta complexidade.

A unidade também vai ter 10 consultórios médicos, 2 consultórios para atendimento a gestantes, 6 salas de centro cirúrgico, além de espaços para banco de sangue, banco de leite materno e realização de exames, como tomografia e colonoscopia. A previsão é que as obras sejam finalizadas em até dois anos.

No mesmo ato, o governador assina convênios para asfalto novo nos bairros Padre Dulio (R$ 3 milhões), Palmiteira (R4 1,4 milhão), São José Operário (R$ 340 mil) e Módulo V Setor E e F (R$ 4,2 milhão).

Outra obra de infraestrutura que recebe recursos do Governo via convênio, na ordem de R$ 1,7 milhão, é para a pavimentação, drenagem, calçadas e sinalização na estrada de acesso ao Instituto Federal de Mato Grosso, com extensão de 9,8 mil m².

Também serão assinados convênios para conservação asfáltica em diversas avenidas, no valor de R$ 2,3 milhões.

Na Educação, o Governo de Mato Grosso vai repassar R$ 200 mil para o município reformar o Ginásio Egnaldo Mendonça.

Para a Agricultura Familiar, o Estado vai destinar três patrulhas mecanizadas, oito resfriadores de leite, 215 doses de sêmen, 50 prenhezes e 500 toneladas de calcário.

Além de Juína, o município de Castanheira também será beneficiado com convênio para conservação com micrrevestimentos em vias urbanas, no valor de R$ 3 milhões.

Confira a programação:

JUARA

8h – Assinatura de convênios e lançamento de obras. Local: Aeródromo

JUÍNA

10h –  Vistoria às obras de restauração da MT-170

10h30 – Vistoria no local onde será construído o Hospital Regional

12h – Assinatura de convênios e de ordem de serviço para as obras do hospital. Local: Associação Comercial de Juína

Fonte: GOV MT

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MATO GROSSO

Fazendeiro é multado pela Sema em quase R$ 3 bilhões por crime ambiental

Publicados

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Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), realizou, entre os dias 8 e 12 de abril, a segunda fase da Operação Cordilheira, para cumprimento de ordens judiciais de arresto, sequestro e indisponibilidade de bens referente ao desmate químico em uma área de mais de 80 mil hectares de 11 propriedades no Pantanal.

Pelo crime ambiental cometido, um único infrator foi multado em mais de R$ 2,8 bilhões, a maior sanção administrativa já registrada pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).

A investigação foi iniciada em 2022, após denúncia de que uma propriedade rural, localizada no município de Barão de Melgaço (a 109 km de Cuiabá), estava utilizando agrotóxico na região do Pantanal com a finalidade de promover a limpeza de vegetação nativa, denominado “desmate químico”.

A conduta investigada resultou na mortandade de espécies arbóreas mediante o uso irregular e reiterado de 25 tipos de agrotóxicos em área de vegetação nativa, promovendo o desmatamento ilegal em 11 propriedades rurais.

A aplicação dos produtos tóxicos se deu por via aérea, o que agrava ainda mais a situação.

O Pantanal, por se tratar de área alagada, possibilita que as substâncias químicas sejam conduzidas pelas águas e atinjam a fauna, a ictiofauna e até mesmo os seres humanos, com a contaminação dos rios.

Além do órgão ambiental, a operação contou com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT).

 

A INVESTIGAÇÃO

A área abrangida pelo despejo criminoso de agrotóxicos para desmatamento químico está compreendida em 81.223,7532 hectares dos imóveis rurais de propriedade do investigado, integralmente inseridas no bioma Pantanal – em região que deveria ser ícone na proteção ambiental por se constituir em Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera.

Durante as investigações conduzidas pelas equipes da Dema e da Sema, foram realizadas coletas de informações fiscais, financeiras, georreferenciada e de campo e também mapeamentos dos imóveis rurais onde houve o dano ambiental com as ações de desmatamento, degradação ambiental e poluição por uso irregular de defensivos agrícolas. Imagens de satélite também auxiliaram nas investigações.

A análise de dados fiscais realizados pelo Núcleo de Inteligência da Dema consignou que, no período de 1º de fevereiro de 2021 a 8 de fevereiro de 2022, foram adquiridos agrotóxicos de várias distribuidoras, destinados à propriedade investigada. Somados, os insumos totalizam  mais de R$ 9,5 milhões.

Nas buscas realizadas em março de 2023, foram encontradas diversas embalagens dos produtos químicos e agrotóxicos, confirmando a autoria e causa entre o desfolhamento das espécies nas áreas das propriedades rurais do investigado e o emprego de substâncias químicas hábeis a ocasionar o dano ambiental registrado.

As amostras coletadas na vegetação e nos sedimentos detectaram a presença de quatro herbicidas: imazamox; picloram; 2,4-D e fluroxipir.

 

SANÇÃO APLICADA

As autuações realizadas pela Sema, decorrentes do inquérito policial, resultaram em nove termos de embargo e interdição em razão das degradações ambientais.

O custo da reparação dos danos ambientais, somado ao valor das multas cominadas pelo órgão ambiental, aponta o prejuízo ao infrator de mais de R$ 5,2 bilhões.

A soma é superior ao valor venal de todas as propriedades pertencentes ao investigado situadas no bioma Pantanal.

Na operação, foram sequestrados e realizada a indisponibilidade de bens de 11 propriedades rurais, com a finalidade de suprir parte do prejuízo e reparação do dano ambiental causado.

Para a delegada titular da Dema, Liliane Mutura, a investigação policial se tornou uma das mais importantes e emblemáticas da história da defesa do meio ambiente em Mato Grosso e até mesmo do Brasil, pois a extensão do dano ambiental e a importância ecológica do Pantanal potencializam o prejuízo ao meio ambiente.

“As ações de repressão às condutas se tornaram não somente imprescindíveis, mas, sobretudo, urgentes, uma vez que o uso de herbicidas e, principalmente, a pulverização aérea contamina a água, os peixes e o gado que é criado no pasto, trazendo risco à saúde humana e comprometendo a sobrevivências dessas comunidades”, disse a delegada.

Conforme a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, esse caso mostra como os infratores estão diversificando o modus operandi e como Mato Grosso segue firme na atuação consistente de tolerância zero com quem insiste em promover o desmatamento ilegal.

“A política tolerância zero contra os infratores tem sido levada a sério em Mato Grosso, mesmo quando percebemos claramente que os criminosos estão mudando a forma de agir. O Estado continua investindo em tecnologia, equipamentos de ponta e fortalecimento da atuação de suas forças para responder com rigor, desaparelhando infratores e impondo o efeito pedagógico aos criminosos. A atuação de forma integrada e cooperativa com os demais órgãos, para promover uma resposta efetiva e contundente, tem demonstrado o compromisso do Governo com a defesa da legalidade”, declarou Mauren.

 

CORDILHEIRA

O nome da operação refere-se à vegetação pantaneira, que é caracterizada por pequenas faixas de terrenos não inundáveis, com 1 a 3 metros acima do relevo adjacente com vegetação de cerrado, cerradão ou mata.

Era assim que a área objeto de investigação deveria estar. No entanto, encontra-se totalmente seca e desmatada em um período de chuvas na região.

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