Alvo de operação
STF alega que lobista corre risco de morte e o transfere para Brasília
GERAL

O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves já foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília, considerada a unidade mais segura da América Latina. A transferência foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, que rejeitou o pedido da defesa para que ele fosse encaminhado a outro presídio em Mato Grosso.
Diante da manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zanin determinou sua remoção para um presídio federal. Contudo, a defesa havia solicitado a transferência para um presidio em Mato Grosso, mas o pedido não foi atendido.
A PGR argumentou que a transferência era necessária diante da gravidade dos fatos e do risco que sua permanência em um presídio estadual poderia representar. A defesa, porém, foi contra a medida, alegando que o lobista deveria ser colocado em prisão domiciliar devido a problemas de saúde.
Os advogados chegaram a classificar a decisão como uma forma de ‘tortura’. Preso desde 26 de novembro, Andreson estava na Penitenciária Central do Estado, em Mato Grosso.
Desde dezembro, cumpria pena em uma cela isolada destinada a detentos de alta periculosidade. Segundo a defesa, ele estaria submetido a condições insalubres.
O STF tem negado os pedidos de soltura e transferência apresentados pela defesa de Andreson. Até o momento, quatro decisões foram contrárias às solicitações.
As investigações apontam que Andreson tinha um papel decisivo no esquema de venda de decisões judiciais e de informações processuais privilegiadas, envolvendo intermediadores, advogados e servidores públicos. ‘A ousadia e a complexidade da trama delitiva não podem ser ignoradas, impondo-se, neste instante, um freio a potenciais riscos de recidiva criminosa’, afirmou Zanin na decisão
A prisão de Andreson ocorreu durante a Operação Sisamnes, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, afastados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso sob suspeita de envolvimento no esquema. Grosso As investigações indicam que Andreson era o intermediário nas negociações ilícitas.
Andreson Gonçalves, é apontado como o principal lobista do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023.

GERAL
Relatório do TCE revela R$ 4,7 bilhões em benefícios fiscais a empresas da Moratória da Soja em MT

O relatório preliminar da auditoria sobre os incentivos fiscais, realizada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), revela que entre 2019 e 2024 empresas signatárias da Moratória da Soja foram beneficiadas com R$ 4,7 bilhões. Os dados foram divulgados pelo relator do processo, conselheiro Antonio Joaquim, durante a sessão ordinária desta terça-feira (29).
Segundo o levantamento, os valores correspondem a 28% do total de renúncias fiscais concedidas pelo Estado por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) no período, que somam R$ 16,6 bilhões. Entre as principais beneficiadas estão multinacionais do agronegócio, como Bunge, ADM, Cofco Internacional e Cargill.
O conselheiro informou que o relatório final da auditoria será concluído nesta semana e encaminhado às autoridades competentes. “Estamos falando de um valor bilionário de empresas que não estão merecendo esses incentivos. A lei do Prodeic é clara: é para diminuir desigualdades e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Precisamos dar transparência a essa questão”, afirmou.

Durante a sessão, Antonio Joaquim também citou decisão recente do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o Governo de Mato Grosso a não conceder incentivos fiscais a empresas adeptas da Moratória da Soja. Dino reconsiderou parcialmente sua própria decisão liminar e restabeleceu a Lei Estadual nº 12.709/2024, a partir de 1º de janeiro de 2026.
“Podemos considerar uma grande vitória nesta luta, que começou com o debate provocado por representantes das câmaras municipais e chegou ao Tribunal. Agora, o ministro autoriza o Estado a não dar incentivos fiscais, que se diga, são gastos que saem do orçamento”, completou o relator da auditoria.
Diante dos dados apresentados, o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, criticou o volume de recursos destinados às empresas. “A preço de R$ 300 milhões por hospital, só o que foi para a Bunge daria para construir cinco. Para a ADM, mais cinco. Cofco Internacional, dois. Cargill, mais dois. Fiagril, um. Em resumo, daria para construir 16 hospitais como o que o Governo entregou”, disse.
Além disso, Sérgio Ricardo reforçou que é preciso refletir sobre o retorno que esses empreendimentos vêm oferecendo ao estado. “O que a Bunge dá a Mato Grosso para receber R$ 1 bilhão? Ela precisa? Ela devolve para a sociedade? Essas empresas se fortalecem com esses incentivos e acabam afogando as demais. Esse assunto precisa ser tratado como política de Estado”, concluiu.
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