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Acusada de golpe

Ré por atos de 8 de janeiro, empresária de MT segue com tornozeleira por decisão de ministro do STF

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GERAL

Foto: Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter o monitoramento eletrônico da empresária Jorgeleia Schmoeler, moradora de Juara (709 km de Cuiabá), denunciada por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. A decisão foi publicada na segunda-feira (5), com a ressalva de que a ré poderá ser presa novamente caso descumpra as medidas judiciais impostas.

Jorgeleia é acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio público.

Segundo o inquérito, a empresária teria participado do bloqueio de rodovias em outubro de 2022, após a eleição presidencial, e também integrou acampamentos em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. As investigações apontam ainda que ela fazia parte de grupos que organizavam as manifestações com intuito de romper com a ordem constitucional.

Ela chegou a ser presa preventivamente em abril de 2023 durante operação da Polícia Federal, que também cumpriu mandados contra outros suspeitos. Em julho do mesmo ano, Moraes autorizou a liberdade provisória de Jorgeleia, condicionada a uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, entrega de passaporte, cancelamento de registros de arma de fogo e proibição de contato com outros investigados e uso de redes sociais.

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Em audiência realizada em dezembro de 2024, o ministro solicitou informações complementares à 3ª Vara Criminal de Juara e à PGR. Ambos confirmaram que, embora a tornozeleira da acusada tenha apresentado falhas pontuais de bateria, não houve violação intencional das condições de monitoramento. As demais medidas cautelares também vêm sendo respeitadas.

Com base nesses relatórios, Moraes decidiu manter a situação atual, mas alertou que qualquer novo descumprimento poderá levar à revogação da liberdade provisória. “As medidas cautelares seguem em vigor e, em caso de descumprimento, serão imediatamente convertidas em prisão preventiva”, afirmou o ministro na decisão.

ENTENDA

Os atos de 8 de Janeiro de 2023 ocorreram uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Os ataques foram promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformados com o resultado das eleições de 2022. As investigações apontam que o movimento foi orquestrado com apoio logístico e financeiro de empresários e ativistas, com o objetivo de derrubar o governo democraticamente eleito.

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Desde então, o Supremo Tribunal Federal tem conduzido uma série de processos relacionados aos envolvidos, com centenas de pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República por crimes como associação criminosa, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público.

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Mato Grosso terá maior PIB Industrial do Brasil em 2025 com alta de 6,7%

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Mato Grosso deve registrar em 2025 o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial entre os Estados do Brasil, com alta projetada de 6,7%, conforme aponta a Resenha Regional do Banco do Brasil.

Impulsionada pela agroindústria, pela expansão da produção de biocombustíveis e pelos incentivos fiscais estaduais, o Estado será o principal motor do desenvolvimento industrial da região Centro-Oeste, que deve crescer 3,9% neste ano.

O PIB Industrial brasileiro tem crescimento projetado de apenas 1,9% para 2025. Mato Grosso caminha na contramão com mais do que o triplo desse índice. A Resenha Regional destaca que os resultados positivos no Estado contribuem decisivamente para o bom desempenho do Centro-Oeste, superando as regiões tradicionais do Sudeste e do Sul, que devem produzir 1,4% e 2,6% na área da indústria, respectivamente.

Após Mato Grosso, Pará, Piauí e Paraíba devem ter, empatados, o segundo maior PIB do país na área da indústria, com 4,5%.

Segundo o documento, a agroindústria tem ganhado força e ampliado sua participação no PIB estadual. A produção de soja e milho, aliada ao uso de tecnologia de precisão e à eficiência logística, tem gerado um efeito multiplicador em cadeias produtivas, especialmente na indústria de alimentos e na de biocombustíveis

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“A gente pode justificar esse crescimento pela indústria local, que é amplamente ligada ao agro. Cerca de 30% da soja e do milho produzidos no Estado já são processados localmente, o que representa um avanço importante na verticalização da produção”, avaliou o coordenador de estudos econômicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Vinicius Hideki.

Mato Grosso também é referência nacional nos setores de frigoríficos, com participação de 18% na produção nacional de carnes, além de ser o maior produtor de biodiesel do país e liderar a produção de etanol de milho, com 72% de participação no mercado nacional.

A expansão da produção de biocombustíveis em Mato Grosso é expressiva. Em 2024, o Estado produziu 6,577 bilhões de litros de etanol, um aumento de 23,7% em relação à safra anterior. O etanol de milho representou a maior parte desse volume, com 5,418 bilhões de litros, um salto de 28,6% na comparação com 2023, segundo dados do 4° Levantamento da Safra 2024/25 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O crescimento na contratação de trabalhadores da indústria de biocombustíveis no Estado já é perceptível. Só em 2025, o setor acumula aumento de 2,2% na geração de empregos. Mato Grosso conta com 22 usinas em operação, o que reforça sua posição como referência nacional.

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“A indústria vem se destacando pela alta integração com a cadeia agropecuária. Ela puxa a demanda por insumos, embalagens, biocombustíveis, logística interna e diversificação dos produtos. Os incentivos do governo também são fundamentais”, reforçou Vinicius Hideki.

Esse desempenho é favorecido por políticas públicas estaduais, como o Prodeic Investe Mato Grosso Biocombustível, que oferece redução no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para operações internas e interestaduais. Em 2024, essas operações incentivadas já movimentaram mais de R$ 24 milhões.

Na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, os dados e as tendências apontadas pela Resenha Regional do Banco do Brasil refletem as políticas públicas do Governo do Estado e o trabalho realizado em conjunto com o setor privado.

“Mato Grosso se consolida como um dos protagonistas do novo ciclo de crescimento da indústria brasileira, mostrando que aliar tecnologia, produção agropecuária e política pública eficiente pode ser o caminho para um desenvolvimento econômico sustentável e robusto”, avaliou.

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