Caso Renato Nery
Juíza manda vasculhar Rotam, viaturas e casas de PMs presos
GERAL

A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), autorizou uma ampla operação de busca e apreensão no Batalhão da Rotam e nas residências dos policiais militares Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins.
Eles estão presos desde o dia 6 de março, em Cuiabá, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Office Crime – A Outra Face para investigar o homicídio do advogado Renato Nery, em junho do ano passado, em Cuiabá.
Na decisão, a magistrada também autorizou uma vistoria nas viaturas utilizadas pelos militares, além da quebra do sigilo dos dados telefônicos e telemáticos.
Eles são investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por suspeita de simulação de um confronto policial para plantar a arma utilizada no crime contra o advogado.
O suposto confronto ocorreu uma semana após a morte de Nery, na Avenida Contorno Leste, no bairro Pascoal Ramos, no qual os militares teriam plantado a arma utilizada no homicídio do advogado, uma Glock G17 9 mm modificada para automática, com assaltantes, para dificultar a investigação do caso.
“A autoridade policial demonstrou, mediante depoimentos, perícias e outras provas técnicas, que o alegado confronto policial relatado pelos representados no IP 180/2024, apresenta graves inconsistências e contradições, indicando que se tratou de uma simulação realizada por eles para justificar a posse da arma utilizada no homicídio do advogado Renato Gomes Nery, e fazer crer que a arma pertenciria aos ” tais criminosos” que entraram em confronto com eles”, escreveu a magistrada
A juíza ainda afirmou que os suspeitos, por serem policiais militares, têm acesso a instalações e informações sigilosas, podendo interferir na investigação.
“As circunstâncias do caso demonstram a necessidade das buscas para evitar manipulação de provas e coerção de testemunhas”, pontuou a juíza.
As prisões do caso Nery
Além dos quatro militares, também está preso pela operação, o também policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, ex-integrante Rotam.
Heron se entregou na delegacia de Homicídios da Capital no dia 7 de março, após um dia foragido. A Polícia não informou envolvimento dele no caso do confronto forjado.
Na operação também foi detido o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado pela investigação como o autor dos disparos que mataram o advogado.

GERAL
Relatório do TCE revela R$ 4,7 bilhões em benefícios fiscais a empresas da Moratória da Soja em MT

O relatório preliminar da auditoria sobre os incentivos fiscais, realizada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), revela que entre 2019 e 2024 empresas signatárias da Moratória da Soja foram beneficiadas com R$ 4,7 bilhões. Os dados foram divulgados pelo relator do processo, conselheiro Antonio Joaquim, durante a sessão ordinária desta terça-feira (29).
Segundo o levantamento, os valores correspondem a 28% do total de renúncias fiscais concedidas pelo Estado por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) no período, que somam R$ 16,6 bilhões. Entre as principais beneficiadas estão multinacionais do agronegócio, como Bunge, ADM, Cofco Internacional e Cargill.
O conselheiro informou que o relatório final da auditoria será concluído nesta semana e encaminhado às autoridades competentes. “Estamos falando de um valor bilionário de empresas que não estão merecendo esses incentivos. A lei do Prodeic é clara: é para diminuir desigualdades e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Precisamos dar transparência a essa questão”, afirmou.

Durante a sessão, Antonio Joaquim também citou decisão recente do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o Governo de Mato Grosso a não conceder incentivos fiscais a empresas adeptas da Moratória da Soja. Dino reconsiderou parcialmente sua própria decisão liminar e restabeleceu a Lei Estadual nº 12.709/2024, a partir de 1º de janeiro de 2026.
“Podemos considerar uma grande vitória nesta luta, que começou com o debate provocado por representantes das câmaras municipais e chegou ao Tribunal. Agora, o ministro autoriza o Estado a não dar incentivos fiscais, que se diga, são gastos que saem do orçamento”, completou o relator da auditoria.
Diante dos dados apresentados, o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, criticou o volume de recursos destinados às empresas. “A preço de R$ 300 milhões por hospital, só o que foi para a Bunge daria para construir cinco. Para a ADM, mais cinco. Cofco Internacional, dois. Cargill, mais dois. Fiagril, um. Em resumo, daria para construir 16 hospitais como o que o Governo entregou”, disse.
Além disso, Sérgio Ricardo reforçou que é preciso refletir sobre o retorno que esses empreendimentos vêm oferecendo ao estado. “O que a Bunge dá a Mato Grosso para receber R$ 1 bilhão? Ela precisa? Ela devolve para a sociedade? Essas empresas se fortalecem com esses incentivos e acabam afogando as demais. Esse assunto precisa ser tratado como política de Estado”, concluiu.
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