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Nova fronteira agrícola

Governador Rafael Fontelles do Piauí se reúne com gigantes do agro de Mato Grosso

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Conversa de Bastidor

Foto: Divulgação

Um encontro estritamente empresarial, voltado para uma visão de futuro para o agronegócio e para a industrialização com novos empreendimentos e negócios no Estado do Piauí e toda a região do Nordeste do Brasil, mas com um toque de política partidária.

Assim se pode resumir o encontro realizado no Palácio Karnak, sede do Governo do Estado do Piauí, sob o comando do governador Rafael Fontelles (PT) e que contou com a presença do ex-ministro Blairo Maggi (PP) e o primo Erai Maggi, ambos grandes produtores de commodities e nomes dos mais citados do agronegócio em qualquer parte do Mundo, do vice-governador de Mato Grosso e também empresário do agronegócio, Otaviano Pivetta (Republicano),  de Luiz Antônio Pagot que foi secretário de Estado, suplente de senador da República e diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), do também suplente de senador da República, Mauro Carvalho que ocupa ainda a presidência o PRD, Cornélio e Gregory Sanders, Samuel Locks, entre outros empresários.

A discussão girou em torno da Hidrovia do Parnaíba que tem capilaridade para ampliar a produção do agronegócio do Piauí e de Estados vizinhos como o Maranhão e o Ceará e encurtar eventualmente a distância, (leia-se reduzir o valor do frete que é cobrado em dólar) para produtos brasileiros destinados a outros países das Américas do Norte e Central, principalmente os Estados Unidos que sob o comando de Donald Trump, revirou a economia mundial de cabeça para baixo, impondo taxas para os produtos de outros países, visando valorizar ainda mais o poder aquisitivo da maior economia do mundo, justamente a Americana.

A hidrovia do Parnaíba abrange os estados do Piauí, parte do Maranhão e Ceará, e em seus limites estão inseridos os territórios de 54 municípios. É navegável num trecho de 1.176 km, entre a cidade de Santa Filomena e a sua foz.

Segundo Luiz Antônio Pagot que se tornou um expert em logística de transporte e produção do agronegócio, partiu dele a elaboração de um projeto para a referida hidrovia que está recebendo atenção especial do governador Rafael Fontelles.

“É um gestor de uma visão extraordinária e que vai potencializar ainda mais a produção agrícola do Piauí, além de atrair novos investidores”, disse o ex-diretor-geral do DNIT que está filiado ao PRD de Mato Grosso, presidido por Mauro Carvalho.
Pagot sinalizou que economia e política caminham juntas, “ainda mais quando se tem um grupo tão seleto de pessoas reunidas, mas sem definições de nomes ou mesmo insinuações de qualquer um dos presentes visando as eleições de 2026”, quando estará em disputa a Presidência da República e sua vice, os cargos de 27 Governadores de Estado e seus vices, 2/3 das 81 vagas de Senadores da República (54 parlamentares), 513 ou 527 deputados federais se for aprovado o aumento de cadeiras na Câmara dos Deputados e 1.059 deputados estaduais que podem subir para 1.101 parlamentares se novas vagas de federais forem criadas, pois a composição das Assembleias Legislativas nos Estados respeita paridade populacional na proporção de 3 deputados estaduais para cada um deputado federal, sendo um mínimo de 8 deputados federais e de 24 deputados estaduais nos Estados menos populosos até o máximo de 70 deputados federais e 94 deputados estaduais que compõem as bancadas federal e estadual de São Paulo.

O empresário, suplente de senador e presidente do PRD, Mauro Carvalho apontou que a viagem foi muito proveitosa e um exemplo de que o agronegócio de Mato Grosso tem repercutido em todo o Brasil e em todo mundo, comemorou ele frisando ser o Estado do Centro Oeste um case de sucesso mundial.

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“Piauí é o Mato Grosso de ontem, pois agora está ampliando sua produção agrícola, mas com apenas uma safra por ano, enquanto nós estamos com alguns produtos com três safras por ano, mas a tendência é que o Piauí e os demais Estados do

Nordeste vão crescer ainda mais”, disse Mauro Carvalho.
Como presidente do PRD, Mauro Carvalho defendeu a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicano) apostando na continuidade do sucesso do Governo Mauro Mendes, mesmo sendo primeiro suplente do senador Wellington

Fagundes (PL) que completa metade do seu mandato de oito anos em 2026 e quer disputar pela segunda vez o Governo de Mato Grosso.

Se Wellington que é ligado ao ex-presidente Bolsonaro obtiver sucesso em sua empreitada, se elegendo governador, naturalmente, Mauro Carvalho se tornaria senador da República por quatro anos.

Certo mesmo é que os avanços econômicos decorrentes da aproximação do agronegócio de Mato Grosso com o Governo do Piauí passam também pela disputa eleitoral naquele estado do Nordeste, já que o governador Rafael Fontelles, filiado ao PT, está em seu primeiro mandato e, portanto, pode disputar a reeleição.

Em sua mídia social, o governador do Piauí, Rafael Fontelles, comemorou a reunião com os empresários mato-grossenses demonstrando confiança nos resultados dos avanços que serão obtidos a partir da melhoria na produção agrícola de seu

Estado, bem como dos Estados vizinhos e de todo o Norte e Nordeste.

“Recebemos hoje, no Palácio de Karnak, um grupo de empresários e investidores do estado do Mato Grosso para uma reunião produtiva, na qual discutimos oportunidades de investimentos no Piauí e o desenvolvimento econômico do estado, visando benefícios mútuos.

Foi um encontro produtivo com nomes importantes como o ex-governador daquele estado, Blairo Maggi – hoje à frente do Grupo Amaggi e Eraí Maggi, do Grupo Bom Futuro; Mauro Carvalho, do Grupo Vyas; Cornélio Sanders e Gregory Sanders, do Grupo Progresso; Otaviano Pivetta, da Brasbio – Brasil Bioenergia Ltda e Vanguarda Agro S.A; Samuel Maggi Locks, do Grupo Locks; Luis Antônio Pagot, da Perotto Pagot & Pagot; e Claudinei Zenatti, diretor de Logística e Operações da Amaggi”.

Segundo Luiz Antônio Pagot e Mauro Carvalho, o governador Rafael Fontelles, esteve em Mato Grosso, conheceu a realidade econômica dele, principalmente a produção agrícola e do etanol. “Essa viagem permitiu que o governador do Piauí conhecesse na prática e ouvisse como foi a evolução do agronegócio em Mato Grosso e o que isto pode ajudar a ele nas políticas do seu Estado”, disseram eles.

Luiz Antônio Pagot é um dos responsáveis pelo projeto de execução da Hidrovia do Parnaíba, bem como dos estudos do impacto que ela promoverá para a produção e industrialização do Piauí que pela sua estrutura geográfica tende a se tornar uma nova fronteira agrícola como já acontece com outros Estados da região como a Bahia, Pernambuco, Sergipe entre outros.

Para Pagot a vantagem de Mato Grosso é a produtividade que é uma das maiores do mundo, mas em contrapartida o Piauí tem a possibilidade de ter outra logística de escoamento de sua produção que seria através de uma possível interligação com a Ferrovia Norte/Sul que sai do vizinho Estado do Maranhão, bem como da Transnordestina que retomou em 2023 suas obras com previsão de término em 2026.

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“Você aliar dois importantes, fundamentais e resolutivos modais de transporte de cargas, ou seja, via hidrovia e também ferrovia vai agregar valores aos produtos do Piauí e de todo o Nordeste, o que  só vai acontecer com a principal região produtiva de Mato Grosso, que é o Médio Norte em algumas décadas, pois na atualidade os produtos do agronegócio de Mato Grosso só são beneficiados pelo transporte ferroviário a partir de Rondonópolis, principal polo econômico do Sul de Mato Grosso”, disse Pagot, lembrando que se não houvesse tantos empecilhos ambientais e jurídicos, tanto a ferrovia como a hidrovia já estariam ajudando Mato Grosso a sair da condição de Gigante do Agronegócio do Brasil, para Gigante do Agronegócio do Mundo.

O ex-governador e ex-ministro Blairo Maggi fez uma postagem começando com uma brincadeira, que o motorista que conduzia o veículo em que ele estava visitando propriedades rurais no Piauí estava sob o comando do futuro governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta.
“Olha aí! Aqui no Piauí, meu motorista e futuro governador de Mato Grosso (apontando para Otaviano Pivetta), está com a diária boa hoje, Cornélio (se referindo a Cornélio Sanders do Grupo Progresso), nosso anfitrião na Fazenda Progresso, o Erai, o Mauro Carvalho, fazendo uma volta por aqui para rever os amigos e rever as coisas que estão fazendo”, diz Maggi na primeira parte do vídeo.  “O Piauí tem crescido muito, e como ficamos muito em Mato Grosso, não vemos o que está acontecendo. Cornélio parabéns. Já falei ene vezes que sua fazenda é a sede mais ajeitada entre todas que conheço”, pondera Blairo Maggi em seu vídeo.

Novamente Blairo Maggi questiona: ‘E aí Pivetta, vamos ser governador desta coisa ou não’, questiona Blairo Maggi, no qual Pivetta responde: “No Mato Grosso, não é Blairo?”, responde o vice-governador. Novamente Blairo Maggi retruca: “Por que não daqui”? questiona Maggi. Pivetta responde:” Porque aqui nós não mandamos nada”, diz o vice-governador. Todos riem…

IMPORTÂNCIA

A hidrovia do Parnaíba é importante para o agronegócio brasileiro porque facilita o transporte de cargas, reduz custos e conecta regiões produtivas a portos.
Vantagens da hidrovia do Parnaíba:

•    Reduz custos logísticos para Produtores;
•    Atrai novos negócios para a região;
•    Permite o transporte de passageiros entre cidades ribeirinhas;
•    Melhora a economia de municípios pobres;
•    Possibilita a integração à ferrovia Norte Sul;
•    Encurta a distância do produtor para a ferrovia Norte-Sul;

Importância do rio Parnaíba:
•    O rio Parnaíba é fundamental para as atividades econômicas desenvolvidas no interior da sua bacia hidrográfica;
•    O rio Parnaíba banha parte da região agrícola conhecida como Matopiba;
•    O Piauí tem emergido como um dos gigantes da produção agrícola nacional, com destacada posição na produção de grãos;

Transporte hidroviário:
•    O transporte hidroviário é apontado como o meio de transporte mais barato e de maior eficiência energética;
•    O modal hidroviário é um meio de transporte ecologicamente correto e ambientalmente sustentável.

 

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Conversa de Bastidor

Antecipação do processo eleitoral de 2026 causa dúvidas quanto ao futuro do governador Mauro Mendes

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Foto: Divulgação

A proximidade de um fim de uma gestão de um governador de Estado, acaba gerando especulações e insinuações que guardam um certo tom de veracidade, até pelo fato de a mesma não acontecer isolada, ou seja, serão eleitos ou reeleitos o presidente da República e seu vice, 27 governadores e seus vices, 513 ou 527 deputados federais se for aprovado o aumento no número de representantes da Câmara Federal, 54 Senadores (em 2026 abrem-se 2/3 das 81 vagas no Senado da República e 1.059 deputados estaduais.

A Coluna Esplanada (www.colunaesplanada.com.br) que circula principalmente em Brasília, mas tem parceiros nos grandes centros, trouxe a notícia de que o governador Mauro Mendes (União Brasil) teria comunicado aos mais próximos, no

Resort Malai Manso, uma mega estrutura turística do empresário e mentor político do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, para comunicar que decidiu completar em sua integralidade o seu segundo mandato de chefe do Poder Executivo.

Apesar da notícia vincular a decisão do governador Mauro Mendes a um possível temor na disputa de uma das duas vagas para o Senado da República em 2026, por causa da deputada Janaina Riva (MDB) que estaria liderando a disputa, segundo pesquisa de intenção de votos, está não seria a única motivação e nem a principal, já que o governador passa por problemas administrativos em Mato Grosso, além da falta de prazo para a conclusão das principais obras de sua gestão e também o fato do seu candidato pessoal, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), não estar conseguindo agregar apoios que são fundamentais em uma empreitada como a disputa para o Governo de Mato Grosso.

Estes seriam apenas alguns dos indícios de que o chefe do Poder Executivo Mato-grossense pode abrir mão uma eventual disputa e concluir seu segundo mandato, até mesmo porque em sua carreira política, Mauro Mendes, quando prefeito de

Cuiabá (2013/2016) e com amplas chances de um processo de reeleição na Capital do Estado, praticamente garantido, como o de agora para o Senado, desistiu e deixou uma considerável parte de seu grupo político perdido e sem padrinho.

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O efeito Mauro Mendes, então filiado ao PSB em 2016, foi tão improvável que o eleito para o suceder foi Emanuel Pinheiro (MDB), que sequer era cogitado como possível candidato.

Mauro Mendes acabou trabalhando e ajudando a eleição de Emanuel Pinheiro que havia sido coordenador de sua campanha eleitoral em 2012, quando se sagrou vencedor.

Antes disto, Mauro Mendes então empresário com pouca participação político-partidária, amargaria duas derrotas, uma em 2008 também para a Prefeitura de Cuiabá, na qual se sagrou vencedor o então prefeito e candidato a reeleição, o hoje deputado estadual Wilson Santos (PSD) e outra em 2010 para o Governo do Estado quando disputou contra o então governador do Estado e candidato a reeleição, Silval Barbosa (MDB) que era vice-governador até março de 2010 e assumiu a chefia do Governo do Estado com a desincompatibilização do governador por dois mandatos, Blairo Maggi.

Aliás, Mauro Mendes em 2012 quando se sagrou vencedor das eleições municipais recebeu o apoio do então prefeito Chico Galindo (PTB), que foi eleito vice-prefeito de Wilson Santos (PSDB) em 2008. Com pouco mais de um ano do seu segundo mandato como prefeito da Capital, Wilson Santos se desincompatibilizou em 2010 para disputar o Governo do Estado, sendo juntamente com Mauro Mendes (PSB) e Marco Magno (PSOL), derrotados por Silval Barbosa que somou mais votos que os seus três oponentes juntos.

Certo mesmo é que Mauro Mendes, completando seu mandato à frente Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado, ainda é o fiel da balança na disputa, mas os prazos estão correndo mais do que o normal e a antecipação das eleições se tornou uma rotina desde o final da década de 90, quando em Mato Grosso sabia qual seria o futuro Chefe do Executivo Estadual, diante da falta de nomes que despontassem como líderes.

Mauro Mendes como governador por um lado e se determinado pode ajudar e contribuir em muito para a eleição do seu sucessor, mas por outro lado, também pode enfraquece naturalmente a candidatura do seu ainda vice-governador, Otaviano Pivetta, já que no mundo político o acordo de agora tem que ser cumprido no futuro.

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Essa realidade também não se pode dar como 100% certa, já que a polarização das últimas disputas eleitorais, entre esquerda e extrema direita criou nichos e fez surgir novas lideranças que ainda dependem de tempo e de experiência para se credenciarem a uma disputa majoritária como o Governo do Estado ou até mesmo as duas vagas de senador da República que naturalmente tem os nomes dos atuais senadores Jayme Campos (UB) e Carlos Fávaro (PSD) como candidatos naturais.

A necessidade de composições e de entendimentos é que irão nortear as futuras disputas, então aqueles que tiverem maior capilaridade e capacidade para aglutinar força política podem sair fortalecidos neste início de processo eleitoral, mas necessitam resguardar suas posições e disposições para não incorrerem nos erros cometidos nas eleições municipais de 2024 nas principais cidades, Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, os três maiores colégios eleitorais, aonde os mais fortes candidatos foram derrotados nas urnas, sem esquecer que boa parte desta derrota teria sido em decorrência de “fogo amigo” ou na melhor da explicação, por traição mesmo.

A decisão do governador Mauro Mendes que será ainda por um bom e considerável tempo maturada também dependerá do desempenho dos prefeitos destas cidades, pois os erros cometidos por eles, neste início de gestão, pode e vai influenciar nas eleições de 2026, que tem chances de não repetir os mesmos efeitos ocorridos em 2024, já que os derrotados eram candidatos do próprio chefe do Poder Executivo estadual até antes dos resultados das urnas serem conhecidos, após, o próprio Mauro Mendes negou que a derrota de seus candidatos teria uma parcela de sua responsabilidade como o famoso bordão político: “Eu não fui candidato. Meu nome não estava na urna eletrônica”! Será?

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