Pesquisar
Close this search box.
CUIABÁ
Pesquisar
Close this search box.

Domo de Araguainha

Cratera em MT após meteoro é maior do que cidade do Rio

Com um diâmetro de 40 quilômetros e área total de aproximadamente 1,3 mil km², a cratera é maior que a cidade do Rio de Janeiro, que tem 1,2 km²

Publicado em

GERAL

Foto: Divulgação
Há cerca de 250 milhões de anos, um asteroide com cerca de 4 quilômetros de diâmetro atingiu a Terra com força e deixou uma “cicatriz”, que hoje é um tesouro para pesquisadores e deve virar um parque geológico do Brasil: o Domo de Araguainha, a maior cratera criada por um meteoro na América do Sul, de acordo com pesquisa feita pelo professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e estudioso sobre a cratera há mais de 40 anos, Álvaro Crósta.

Meteoro é o termo usado para se referir a um asteroide ou um fragmento dele quando entra na atmosfera da Terra.

O Domo de Araguainha é um dos 100 principais sítios geológicos do mundo, reconhecido pela International Union of Geological Sciences (IUGS), ligada à Unesco.

Parte da cratera, 60%, fica nas cidades de Ponte Branca, Araguainha, Alto Araguaia, em Mato Grosso, e o restante está nas cidades goianas de Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia. O Domo fica na divisa de Goiás e Mato Grosso.

Com um diâmetro de 40 quilômetros e área total de aproximadamente 1,3 mil km², a cratera é maior que a cidade do Rio de Janeiro, que tem 1,2 km². (veja no infográfico abaixo)

Domo de Araguainha — Foto: Arte g1
Domo de Araguainha — Foto: Arte g1

 

Descoberta

Os primeiros indícios de que o Domo se deu pelo choque de um grande asteroide são de 1973 e foram revelados pelos pesquisadores da Nasa Robert Dietz e Bevan French, que publicarem uma nota sobre a cratera em uma revista científica.

Leia Também:  Documentário com direção do cineasta Ricardo Ramos revela a vida e a missão de Padre Fernando Góis, o ‘Padre Pé de Chinelo’

No entanto, a comprovação se deu um pouco mais tarde, a partir de uma pesquisa de Álvaro Crósta, em 1978.

Álvaro contou ao g1 que onde houve a colisão do asteroide, era um enorme mar de águas rasas, o que causou diversos terremotos e tsunamis que se alastraram por aproximadamente 500 km de distância. Toda a vida que havia nesse raio foi afetada.

“Não sabemos as características, porque não sobrou nenhum material para analisar, mas [era] uma esfera de aproximadamente 4 km de diâmetro e a velocidade que chegou à Terra era de 14-16 km por segundo”, contou.

 

Mineral raro

Mineral Zircão encontrado durante pesquisas no Domo de Araguainha — Foto: Reprodução

Mineral Zircão encontrado durante pesquisas no Domo de Araguainha — Foto: Reprodução

De acordo com Álvaro, no local há minerais que foram transformados por um fenômeno exclusivo que afeta rochas da superfície da Terra, conhecido como metamorfismo de choque, causado por altíssima pressão e temperatura.

“Até o momento, não conhecemos minerais formados pelo choque, somente minerais que foram transformados e encontrados em rochas que estavam mais profundas durante o impacto, como o zircão, que foram bastante deformados”, contou.

O Domo de Araguainha faz parte das cinco maiores crateras de impacto em toda a América do Sul, sendo oito delas localizadas no Brasil.

 

Idade

Domo de Araguainha, um dos 100 principais sítios geológicos do mundo pela International Union of Geological Sciences (IUGS) — Foto: Joana Sanchez

Os estudos apontam que o asteroide , há 201 a 250 milhões de anos, primeira fase da era Mesozóica – período anterior a fase Jurássica e Cretácea -, conhecida como a “idade dos dinossauros”. Nesta época, os dinossauros ainda não existiam, surgindo milhões de anos depois, ainda durante o mesmo período, Mesozóico.

Leia Também:  Divina Fest terá música eletrônica com DJ Moisés

Segundo Álvaro, o estudo por meio de isótopos — átomos de um mesmo elemento químico com mesmo número de prótons, fundamental para determinar a idade de artefatos —, foi possível indicar a idade dele, em torno de 254 milhões de anos.

De acordo com as características do asteroide, houve destruição de vida em escala regional durante o impacto, como répteis e anfíbios, porém devido o tamanho do asteroide não houve destruição em todo o planeta.

“Não acredito que tenha provocado uma destruição em toda Terra. Certamente houve destruição de vida numa escala regional, até mesmo continental, [mas] ele não teria o tamanho e as características suficientes para produzir uma extinção de massa no planeta”, explicou.

Atualmente, a área recebe a visita de estudantes, pesquisadores e curiosos em conhecer o sítio geológico.

Parte das montanhas de Araguainha, na área central da cratera — Foto: Rodinei Crescêncio/ RDNews

Parte das montanhas de Araguainha, na área central da cratera — Foto: Rodinei Crescêncio/ RDNews

Parte do Domo de Araguainha — Foto: Divulgação

Parte do Domo de Araguainha — Foto: Divulgação

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

GERAL

ALMT aprova em 2ª votação projeto que altera Cadastro Estadual de Pedófilos

Publicados

em

Foto: Divulgação

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, em segunda votação, nesta quarta-feira (21), o projeto de lei que amplia o acesso público aos cadastros de pessoas condenadas por crimes contra crianças e mulheres. A proposta, aprovada por unanimidade, teve a primeira votação realizada na terça-feira (13). Agora, o projeto seguirá para sanção do governador Mauro Mendes (União).

Conforme o projeto, o Cadastro Estadual de Pedófilos passa a ser de acesso público, contendo nomes de pessoas condenadas, com sentença transitada em julgado, por crimes contra a dignidade sexual previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, no Código Penal Brasileiro e em legislações penais específicas, desde que praticados contra crianças e/ou adolescentes.

A proposta também estabelece que qualquer pessoa poderá acessar o cadastro, sendo os dados públicos a partir da condenação definitiva até o cumprimento integral da pena.

O texto reformulado cria o Cadastro Estadual de Condenados por Crime de Violência contra a Mulher, destinado a registrar pessoas condenadas, com sentença transitada em julgado, por qualquer crime de violência praticado contra mulheres em Mato Grosso.

Leia Também:  ​Instituto pede afastamento de corregedor da OAB-MT após denúncia envolvendo patrocínio simultâneo

A nova redação estabelece também que a Secretaria de Estado de Segurança Pública será responsável por regulamentar a criação, atualização e acesso ao cadastro.

É possível ter o nome retirado do cadastro?

Além disso, as pessoas incluídas nesse cadastro ficam proibidas de assumir cargos públicos na administração direta e indireta, autarquias e fundações do estado. Também define que para a retirada do nome do cadastro, o interessado deverá apresentar requerimento ao secretário de Estado de Segurança Pública, comprovando o cumprimento da pena.

Após a verificação pelo órgão competente, o nome será excluído no prazo máximo de 60 dias.

Jusficativa

Na justificativa do projeto, o Poder Executivo argumentou que as alterações se fazem necessárias para adequar a legislação ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, conforme Acórdão da ADI nº 6.620, que validou os cadastros, desde que a divulgação pública se limite a condenações com trânsito em julgado.

“Nesta esteira, além da necessidade de conferir interpretação conforme a Constituição Federal, as alterações propostas visam também otimizar a implantação dos Cadastros Estaduais (Pedófilos e Condenador por Violência contra a Mulher) pelo Poder Executivo Estadual, no âmbito da Secretaria de Estado de Segurança Pública”, observa na justificativa.

Leia Também:  Mato Grosso tem 3ª maior taxa de mortes em acidentes de trânsitos do país; 1207 óbitos

O PL aprovado em primeira votação no dia 7 de maio, já passou por três sessões e poderá ser aprovado em segunda votação na sessão desta quarta-feira (14).

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA