TEMPORAL
Chuva de mais de 100 mm deixa Cuiabá em estado de alerta
GERAL

A chuva intensa que caiu em Cuiabá na tarde desta terça-feira (08.04), no dia do aniversário da capital, causou inúmeros prejuízos em diversos bairros. Avenidas foram tomadas por água e lama, os shoppings Pantanal e Popular alagaram e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Leblon foi inundada. De acordo com a Prefeitura da capital, a chuva ultrapassou os 100 milímetros em um curto período de tempo, provocando transtornos à população.
“Passamos por um momento extremamente imprevisível. Uma chuva muito forte e intensa, que causou alagamentos em praticamente todos os córregos da cidade e em diversas regiões urbanas”, afirmou o prefeito Abilio Brunini, que vistoriou os pontos afetados após o temporal.
Entre os locais mais atingidos está a região da UPA do bairro Jardim Leblon. A água se acumulou nas vias e, com a força da chuva, um muro da UPA desabou fazendo com que uma enxurrada invadisse a unidade de saúde.
O prefeito pediu cautela aos moradores e orientou que evitem circular por avenidas localizadas em áreas mais baixas ou próximas a córregos. “Evitem também as avenidas que já são conhecidas por alagamentos, como a Prainha, a região do Porto e outros pontos críticos”, alertou.
O prefeito também informou que as pessoas em situação de vulnerabilidade, com a casa alagada ou correndo risco, devem entrar em contato com a Prefeitura. “Pode chamar diretamente a Defesa Civil ou até me marcar nas redes sociais, caso esteja com dificuldade de contato. Vamos enviar ajuda”, garantiu Abilio.
Além do Jardim Leblon, os bairros São Mateus, Boa Esperança, Santa Rosa, Pedregal, Dom Aquino e Jardim Tropical também estão sendo monitorados.
Pacientes transferidos
Devido à forte chuva, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon foi severamente afetada por alagamentos, comprometendo sua estrutura e capacidade de atendimento.
“Infelizmente, tivemos essa inundação. Os pacientes mais graves, que estão no bloco de emergência, serão transferidos para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A Central de Regulação já foi acionada, e o prefeito autorizou a contratação emergencial de ambulâncias de empresas privadas para reforçar o transporte”, explicou o diretor técnico da unidade, Romário Barros.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado para auxiliar na operação. Ao todo, seis pacientes em estado grave estão sendo removidos do box de emergência, e outros 14 da Enfermaria também serão encaminhados para outras unidades de saúde.
Neste momento, a orientação é que os pacientes busquem atendimento emergencial nas seguintes unidades: UPA Morada do Ouro, UPA Pascoal Ramos, UPA do Verdão e Policlínica do Pedra 90.
Avenidas alagadas e shows cancelados
Na avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), a água da chuva se juntou à terra das obras do BRT e deixou vários trechos tomados por lama. Houve ainda alagamento em diversos pontos da via. Em outras avenidas da cidade também há pontos de alagamento, como na avenida Fernando Corrêa da Costa e Tenente Coronel Duarte (Prainha), provocando congestionamentos.
No Pantanal Shopping, vídeos que circulam pelas redes sociais mostram que houve alagamento em um dos pisos com a chuva intensa.
A tempestade também levou a Prefeitura de Cuiabá a suspender a programação do aniversário da cidade e adiar, por questões de segurança, os shows regionais que seriam realizados no Parque das Águas.
A chuva comprometeu a estrutura do palco que foi montado, além de equipamentos de som, painéis de LED e outras instalações elétricas. “Há vários equipamentos molhados, o que gera risco de curto-circuito e até de choques. Seria tecnicamente inviável seguir com os shows e colocar em risco artistas, trabalhadores e o público”, explicou o secretário de Cultura de Cuiabá, Johnny Everson. De acordo com a Prefeitura, uma nova data para realização das atrações será avaliada.
Orientação da Defesa Civil de Cuiabá
Em caso de situações de risco, a população pode acionar diretamente a Defesa Civil pelo número 193. O órgão orienta que os motoristas evitem trafegar por áreas de risco. “A previsão era muito inferior a essa. Estamos com os córregos extravasando e invadindo as vias. Solicito que os motoristas permaneçam em locais seguros e não se desloquem para áreas de risco”, afirmou o secretário da Defesa Civil, coronel Alessandro.

GERAL
Relatório do TCE revela R$ 4,7 bilhões em benefícios fiscais a empresas da Moratória da Soja em MT

O relatório preliminar da auditoria sobre os incentivos fiscais, realizada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), revela que entre 2019 e 2024 empresas signatárias da Moratória da Soja foram beneficiadas com R$ 4,7 bilhões. Os dados foram divulgados pelo relator do processo, conselheiro Antonio Joaquim, durante a sessão ordinária desta terça-feira (29).
Segundo o levantamento, os valores correspondem a 28% do total de renúncias fiscais concedidas pelo Estado por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) no período, que somam R$ 16,6 bilhões. Entre as principais beneficiadas estão multinacionais do agronegócio, como Bunge, ADM, Cofco Internacional e Cargill.
O conselheiro informou que o relatório final da auditoria será concluído nesta semana e encaminhado às autoridades competentes. “Estamos falando de um valor bilionário de empresas que não estão merecendo esses incentivos. A lei do Prodeic é clara: é para diminuir desigualdades e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Precisamos dar transparência a essa questão”, afirmou.

Durante a sessão, Antonio Joaquim também citou decisão recente do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o Governo de Mato Grosso a não conceder incentivos fiscais a empresas adeptas da Moratória da Soja. Dino reconsiderou parcialmente sua própria decisão liminar e restabeleceu a Lei Estadual nº 12.709/2024, a partir de 1º de janeiro de 2026.
“Podemos considerar uma grande vitória nesta luta, que começou com o debate provocado por representantes das câmaras municipais e chegou ao Tribunal. Agora, o ministro autoriza o Estado a não dar incentivos fiscais, que se diga, são gastos que saem do orçamento”, completou o relator da auditoria.
Diante dos dados apresentados, o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, criticou o volume de recursos destinados às empresas. “A preço de R$ 300 milhões por hospital, só o que foi para a Bunge daria para construir cinco. Para a ADM, mais cinco. Cofco Internacional, dois. Cargill, mais dois. Fiagril, um. Em resumo, daria para construir 16 hospitais como o que o Governo entregou”, disse.
Além disso, Sérgio Ricardo reforçou que é preciso refletir sobre o retorno que esses empreendimentos vêm oferecendo ao estado. “O que a Bunge dá a Mato Grosso para receber R$ 1 bilhão? Ela precisa? Ela devolve para a sociedade? Essas empresas se fortalecem com esses incentivos e acabam afogando as demais. Esse assunto precisa ser tratado como política de Estado”, concluiu.
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