Usou barra de ferro
Juíza manda para tribunal do júri o advogado que tentou matar namorada
GERAL

A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, determinou que o advogado Nauder Júnior Alves de Andrade seja submetido ao tribunal do júri. A magistrada pede urgência no cumprimento da decisão, que já havia sido tomada em dezembro de 2023, mas que era alvo de recursos.
Nauder é acusado de tentar matar a ex-namorada depois que ela se recusou a ter relações sexuais com ele. Ele chegou a se internar em uma clínica de reabilitação para usuários de drogas numa tentativa de evitar a prisão. O crime foi registrado em agosto de 2023
“(…) Cumpra-se, integralmente, a sentença remetendo os autos para a Vara do Tribunal do Júri. (…) Cumpra-se, com urgência, expedindo o necessário”, determinou a juíza.
A decisão da magistrada vem depois que o ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou recurso e destacou que para que um caso vá par o Tribunal do Júri basta o “convencimento do juiz acerca da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria e participação”.
De fato, no entendimento do ministro Palheiro, “existem provas mínimas, colhidas na fase inquisitorial e em juízo, da participação do réu no crime em questão”, o que justificou sua decisão de negar o recurso.
Além disso, o ministro destacou a “soberania do Júri”, a quem “compete” decidir sobre a sua culpa ou não nos fatos denunciados.
Relembre o caso
Nauder foi preso em 18 de agosto de 2023, em flagrante, por tentar matar a então namorada usando uma barra de ferro. O crime foi registrado no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.
Às autoridades, a vítima disse que advogado fez uso de entorpecentes e queria manter relações sexuais com ela, que se recusou. Nesse momento ela passou a ser agredida.
Ela ainda tentou fugir do local, mas ele impediu. A então namorada de Nauder alega que por várias vezes perdeu a consciência enquanto apanhava.
Após o crime, ele se internou em uma clínica de recuperação para dependentes químicos, em Chapada dos Guimarães.

GERAL
Relatório do TCE revela R$ 4,7 bilhões em benefícios fiscais a empresas da Moratória da Soja em MT

O relatório preliminar da auditoria sobre os incentivos fiscais, realizada pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), revela que entre 2019 e 2024 empresas signatárias da Moratória da Soja foram beneficiadas com R$ 4,7 bilhões. Os dados foram divulgados pelo relator do processo, conselheiro Antonio Joaquim, durante a sessão ordinária desta terça-feira (29).
Segundo o levantamento, os valores correspondem a 28% do total de renúncias fiscais concedidas pelo Estado por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) no período, que somam R$ 16,6 bilhões. Entre as principais beneficiadas estão multinacionais do agronegócio, como Bunge, ADM, Cofco Internacional e Cargill.
O conselheiro informou que o relatório final da auditoria será concluído nesta semana e encaminhado às autoridades competentes. “Estamos falando de um valor bilionário de empresas que não estão merecendo esses incentivos. A lei do Prodeic é clara: é para diminuir desigualdades e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Precisamos dar transparência a essa questão”, afirmou.

Durante a sessão, Antonio Joaquim também citou decisão recente do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o Governo de Mato Grosso a não conceder incentivos fiscais a empresas adeptas da Moratória da Soja. Dino reconsiderou parcialmente sua própria decisão liminar e restabeleceu a Lei Estadual nº 12.709/2024, a partir de 1º de janeiro de 2026.
“Podemos considerar uma grande vitória nesta luta, que começou com o debate provocado por representantes das câmaras municipais e chegou ao Tribunal. Agora, o ministro autoriza o Estado a não dar incentivos fiscais, que se diga, são gastos que saem do orçamento”, completou o relator da auditoria.
Diante dos dados apresentados, o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, criticou o volume de recursos destinados às empresas. “A preço de R$ 300 milhões por hospital, só o que foi para a Bunge daria para construir cinco. Para a ADM, mais cinco. Cofco Internacional, dois. Cargill, mais dois. Fiagril, um. Em resumo, daria para construir 16 hospitais como o que o Governo entregou”, disse.
Além disso, Sérgio Ricardo reforçou que é preciso refletir sobre o retorno que esses empreendimentos vêm oferecendo ao estado. “O que a Bunge dá a Mato Grosso para receber R$ 1 bilhão? Ela precisa? Ela devolve para a sociedade? Essas empresas se fortalecem com esses incentivos e acabam afogando as demais. Esse assunto precisa ser tratado como política de Estado”, concluiu.
-
ESPORTES6 dias atrás
Com apoio de clubes, Dorileo confirma registro de candidatura a presidência
-
GERAL7 dias atrás
Nova Rota inicia cobrança automática de veículos de carga com eixos suspensos na BR-163/MT a partir de 5 de maio
-
EDUCAÇÃO5 dias atrás
Projeto contempla 300 unidades estaduais em 2025; veja quais são
-
GERAL2 dias atrás
Cratera em MT após meteoro é maior do que cidade do Rio
-
GERAL2 dias atrás
Antonio Joaquim apresenta avanços do Programa de Transparência Pública à Marcha dos Gestores e Legislativos Municipais
-
GERAL7 dias atrás
Estado exonera padrasto preso por participação no sequestro e morte de adolescente em Cuiabá
-
GERAL4 dias atrás
Chef: investidores recusaram sociedade para ‘fugir de tributos’
-
GERAL7 dias atrás
Sérgio Ricardo destaca coragem de Mendes e garante fiscalização de contrato com Albert Einstein