CONFRONTO
Após ataques, Botelho reavalia participação em debates
Conversa de Bastidor

Candidato a prefeito, Eduardo Botelho (União) disse que irá reavaliar sua participação nos próximos debates, após ser alvo de ataques no primeiro “confronto” direto contra adversários, na noite desta terça-feira (20).
Ao comentar sobre sua participação o deputado rechaçou os apontamentos, que em sua maior parte foram disparados por Abílio Brunini, candidato do Partido Liberal (PL).
“Vamos rever, vamos ir em alguns e discutir se vale a pena ir em todos. Só ouvimos [ataques] durante o debate inteiro. Toda palavra que ele [Abílio] colocava, era Botelho na boca dele”, disse.
O parlamentar ainda acrescentou em tom de ironia. “Aliás, se perguntasse ‘quem você ama’, ele ia falar Botelho”, prosseguiu.
Botelho também foi alvo de provocações por parte do “colega de parlamento” Lúdio Cabral, que atuou numa espécie de “dobradinha” para tentar desestabilizar o presidente da Assembleia Legislativa.
Ele lamentou e disse que esperava discutir “propostas”. “As pessoas que não tem proposta, não tem história de vida só resta isso, só atacar. Eu lamento porque queremos fazer um debate propositivo”, disse.

Conversa de Bastidor
Marcelo Oliveira garante esforço por obra do BRT mas não define data

SECRETÁRIO DE INFRAESTRUTURA DE MATO GROSSO ASSEGUROU QUE GOVERNO DO ESTADO ESTÁ EMPENHADO EM CONCLUIR A OBRA, MAS NÃO ARRISCOU UMA DATA. ELE CONSIDERA QUE IMPREVISIBILIDADES ACONTECEM AINDA MAIS EM RELAÇÃO A OBRAS.
Mesmo garantindo dedicação integral e os esforços de todo o Governo Mauro Mendes, além de que não faltará recursos públicos do Tesouro de Mato Grosso, “pois essa obra é 100% bancada pelo Governo de Mato Grosso”, o secretário de Logística e Infraestrutura de Mato Grosso, Marcelo Oliveira, não conseguiu transmitir segurança de que as obras do BRT (Bus Rapid Transit) estarão prontas até o final do ano de 2026 quando se completa 08 anos da atual Administração, iniciada em 2019.
Marcelo Oliveira compareceu à Assembleia Legislativa em resposta a uma convocação do deputado Lúdio Cabral (PT) , que demonstra preocupação com os sucessivos prejuízos e a complexidade das obras do sistema de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, lembrando que: “As vezes ficamos com a impressão de que o transporte coletivo é gratuito aos olhos dos governos, quando na realidade ele é pago pelos usuários e pelo Poder Público quando este subsidia alguma vantagem a terceiros”, disse o parlamentar.
Marcelo Oliveira que postergou o máximo possível seu comparecimento à Assembleia Legislativa, aguardando um melhor momento político e a força da bancada governista em confronto com a diminuta oposição, fez questão de enfatizar os avanços conquistados pela atual gestão em todas as áreas governamentais, principalmente na questão mais afeita a sua pasta, que cuida das rodovias que ganharam um salto com a privatização e a exploração delas através da cobrança de pedágios.
“Foi o maior leilão de rodovias estaduais do Brasil, com muitos participantes, pois atende o que Mato Grosso tem de mais fundamental, sua produção agrícola que saltou para mais de 100 milhões de toneladas, graças aos investimentos do estado em rodovias”, disse Marcelo Oliveira, se referindo ao Leilão na B3 – Bolsa de Valores de São Paulo, realizado na última sexta-feira, 14 de março, quando quatro lotes de rodovias que somam 1,3 mil quilômetros foram concedidos a iniciativa privada.
O titular da SINFRA fez questão ainda de politizar os altos e baixos daquela que seria a maior obra da Copa do Mundo de 2014, lembrando de outros entraves com as disputas judiciais entre Governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá, durante a gestão Emanuel Pinheiro (MDB) e também a recusa das autoridades e da população de Várzea Grande de que o modal de transporte deveria passar por duas vias consideradas essenciais ao trânsito da segunda maior cidade de Mato Grosso, as avenidas Couto Magalhães e Filinto Muller e disparou: “Ninguém executa uma obra desta envergadura com tanta insegurança jurídica”, asseverou.
Durante toda a apresentação do secretário de Logística e Infraestrutura de Mato Grosso, aos deputados Lúdio Cabral (PT) e Wilson Santos (PSD), a falta de uma resposta concreta quanto aos prazos de execução e conclusão das obras do BRT, levaram o mesmo a tergiversar sobre o modal de transporte que era para a Copa do Mundo de 2014, passando a lembrar de outras ações como as obras do Hospital Central de Cuiabá (paralisado desde a década 90) e o Hospital Universitário Júlio Muller, este último em parceria com o Governo Federal, bem como obras em diversas rodovias e também em setores como habitação, na qual apontou que o Estado de Mato Grosso destravou 11 mil novas moradias que chegaram a ter suas obras paralisadas por falta de projetos e de recursos da própria Caixa Econômica Federal.
“Obras sempre nos remetem a imprevisibilidade que pode ser decorrente de diversos fatores internos e externos. Agora nossos esforços são para concluir o BRT”, disse Marcelo Oliveira não admitindo em hipótese nenhuma definir uma data concreta e sequer a possibilidade do segundo ramal, já que a obra original prevê dois ramais, um interligando a região do Grande CPA até o Aeroporto Marechal Rondon e Várzea Grande e que se encontra a duras penas sendo construído e outro da Prainha até a entrada do Tijucal na Avenida Fernando Correa da Costa, este o segundo ramal, sequer teve suas obras iniciadas.
Para não deixar a situação totalmente adversa ao Governo do Estado, Marcelo Oliveira, assegurou que os projetos da obra estão prontos e sob análise, pois o atual Consórcio BRT Cuiabá, vai concluir o trecho do Grande CPA até as imediações do Conselho Regional de Engenharia (CREA) e assinalou que provavelmente deverá haver correções de valores, mas o Governo do Estado tem recursos próprios para executar as obras.
“Dali até no Porto, nós estamos planejando licitar por temas, ou seja, empresa de engenharia especializada em pavimento asfáltico; empresas especializadas em obras de artes; empresas especializadas nas edificações dos diversos terminais que estão previstos entre Cuiabá e Várzea Grande entre outras e não por blocos aonde a empresa vencedora teria que executar toda a obra que envolve o modal”, disse Marcelo Oliveira.
ALTOS E BAIXOS
Aliás, a história de um modal de transporte que contemplasse as duas principais cidades de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande sempre foi cheia de nuances e interferências políticas e até mesmo empresariais, tanto é que inicialmente, ainda no Governo Blairo Maggi (2003/2010) o primeiro modal escolhido foi o BRT.
Quando Blairo Maggi deixou o Governo do Estado em 2010, Silval Barbosa, passou a ser governador e disputou e ganhou as eleições, contra Mauro Mendes. Dois anos depois, Mauro Mendes já prefeito de Cuiabá e Walace Guimarães, prefeito de Várzea Grande, assinaram junto à FIFA, a Matriz de Responsabilidade, com as exigências da entidade do Futebol Mundial para a realização do evento esportivo e consentiram com a troca de modal, abandonando o BRT e adotando o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos.
Essa mudança inclusive contou com as bençãos da então presidente da República, Dilma Rousseff que não poupou esforços e recursos públicos para a Copa do Mundo.
Se faz necessário lembrar que nesta época, Marcelo Oliveira era um dos então diretores criados da SECOPA – Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, criada especificamente para atender as exigências do evento mundial e cumprir com o que estava estabelecido e que pouco ou quase nada saiu do papel.
De 2014, quando foi realizada a Copa do Mundo no Brasil, até hoje o VLT se transformou em BRT, após passar pelo Governo de Mato Grosso, o então governador Pedro Taques que consumiu uma enormidade de recursos para auditar as obras da Copa do Mundo e do VLT, mas preferiu judicializar as mesmas para ter uma justificativa em não as executar.
Mesmo disputando a reeleição em 2018, Pedro Taques, foi derrotado por Mauro Mendes que assim como seu antecessor consumiu recursos públicos para auditar, analisar e depois optar por novamente trocar o modal do VLT para o BRT.
Só que as novas modalidades de processos licitatórios como o RDC (Regime Diferenciado de Contratação) e a formalização de um consórcio de empresas para executar as obras do BRT, acabaram se transformando em uma nova dor de cabeça ao Governo do Estado e em ameaças que quase terminaram na Justiça.
Acabou não sendo judicializado, mas assim mesmo o Governo do Estado rompeu a licitação com o consórcio sob alegação de a mesma não cumprir com o cronograma físico-financeiro e atrasar a execução das obras.
Para reverter essa situação que pode se transformar em uma nódoa na gestão Mauro Mendes, foi concebido um acordo, que ainda depende do aval do Tribunal de Contas de Mato Grosso e do Ministério Público, além de outros órgãos de controle, o que deve acontecer ainda neste mês de março para que as obras possam ser retomadas.
Concretamente o secretário de Infraestrutura reafirmou diversas vezes que a obra será concluída no atual governo e em determinado momento lembrou que o governador Mauro Mendes conta com o apoio irrestrito do vice-governador Otaviano Pivetta, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas e do Ministério Público que juntos buscam uma solução para o problema que tem atormentado a muitos.
Lúdio Cabral lamentou que os maiores prejudicados acabam sendo a população e as duas maiores cidades de Mato Grosso, e frisou que “todo esforço é válido para não se permitir que as obras do BRT continuem paralisadas.
A lógica de tudo pelo que já passamos é de que o Estado não conseguirá concluir no prazo estabelecido essas obras e isto é muito ruim”, explicou o petista
Já o deputado Wilson Santos que foi prefeito de Cuiabá, ressalta que é imperioso um esforço hercúleo para se tirar essas obras do papel, mas que se faz necessário avançar ainda mais, pois o sistema de trânsito da capital caminha a passos largos para se tornar inviável, já que não se trata apenas das obras do BRT e sim de um complexo sistema que necessita atender a todas as demandas existentes.
“Todos somos favoráveis as obras, pois elas representam avanços, melhorias, mais qualidade de vida para as pessoas, mas não podemos perder de vista que as mesmas foram planejadas para mais de 10 anos atrás e deveriam estar em um estágio muito mais avançado, enquanto a realidade é que estamos muito atrasados”, disparou Wilson Santos.
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