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PECUÁRIA

Custo de produção do boi gordo em MT bate recorde histórico: R$ 279 por arroba

Logo atrás da recria/engorda, vem o ciclo completo com alta de 16,11% e um COT de R$ 241,02 por arroba

Publicado em

AGRONEGÓCIO

Ilustração

O custo de produção de uma arroba de carne bovina no sistema de recria/engorda em Mato Grosso entrou para a história como o mais alto já registrado: ; em média, o pecuarista desembolsou R$ 279,05 por arroba em 2021. A alta foi de 40,8% em comparação ao ano anterior.

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O fechamento das contas da pecuária de corte do MT foi divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A recria/engorda foi a que registrou o maior custo operacional total (COT) entre os três sistemas de produção da pecuária de corte (cria, recria/engorda e ciclo completo).

Logo atrás da recria/engorda, vem o ciclo completo com alta de 16,11% e um COT de R$ 241,02 por arroba. A cria, com alta de 15,15%, fechou o 4º trimestre de 2021 com um custo de R$ 284,77 por arroba.

A alta poderia ter sido até maior, se o último trimestre do ano tivesse seguido a tendência de alta dos períodos anteriores.

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No entanto, o que o Imea observou foi uma queda de 0,68% no sistema de cria e de 0,40% na recria/engorda na comparação entre o 3º e o 4º trimestre do ano passado.

O principal componente desse recuo no custo foi a queda das cotações dos animais de reposição, iniciada no início de setembro de 2021.

Arroba MT x SP

Outra avaliação feita pelo Imea foi a diminuição da distância entre os preços da arroba praticados em Mato Grosso com o preço base de São Paulo (Cepea), também conhecido o índice de diferencial de base (que é dado em porcentagem). Segundo o órgão mato-grossense, o indicador passou da média de -10,68%, em 2020, para -5,85% em 2021.

A diferença encurtou 4,83 pontos porcentuais. Trocando em miúdos, a arroba do boi gordo mato-grossense, que em 2020 valia cerca de 11% a menos que a arroba de São Paulo, passou a ser comercializada cerca de 6% a menos das praças paulistas.

A média da cotação em dezembro de 2021 fechou R$ 323,32, em São Paulo, e R$ 292,40, em Mato Grosso, ambas livres de impostos.

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AGRICULTURA

IBGE prevê safra de 299,6 milhões de toneladas para 2024

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Foto: Wenderson Araújo/CNA

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 é estimada em 299,6 milhões de toneladas, aponta o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de abril, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa uma redução de 5,0% em comparação com o ano anterior. Em relação à estimativa de março, houve um leve aumento de 0,4%.

O gerente do levantamento, Carlos Barradas.destaca que a produção de soja, considerada a principal commodity do país, aumentou 0,9% em relação à estimativa de março, alcançando a marca de 148,3 milhões de toneladas. No entanto, esse número ainda representa uma queda de 2,4% em comparação com a produção total do ano passado.

“Para o milho, a previsão é de 115,8 milhões de toneladas, uma queda de 0,3% em comparação ao mês anterior — e uma redução de 11,7% em relação ao que produzimos em 2023. Problemas climáticos durante a safra de verão reduziram o potencial da safra brasileira de grãos de 2024, principalmente com relação às produções de soja e de milho”, informa Barradas.

 

EL NIÑO

Segundo o levantamento, os efeitos do fenômeno climático El Niño, caracterizado pelo excesso de chuvas nos estados da Região Sul e pela escassez de chuvas regulares e altas temperaturas no Centro-Norte do Brasil, resultaram em uma limitação no potencial produtivo da leguminosa em muitas das unidades da federação produtoras.

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O consultor de agronegócios João Crisóstomo, da BMJ Consultores Associados, ressalta que o El Niño foi um desafio na safra 2023/2024, provocando um atraso nas chuvas. “O fenômeno climático provocou um atraso nas chuvas — o que consequentemente atrasou a semeadura e a colheita, sobretudo no Centro-Oeste, que foi onde foi observado esse atraso nas chuvas no Mato Grosso”, explica.

Ele aponta que o El Niño também evidenciou problemas logísticos que acontecem no Brasil, como na infraestrutura com escoamento de produção.

“A armazenagem e escoamento, inclusive nos portos, tem um gargalo provocado pelas rodovias e ferrovias do país, e toda vez quando chega na época de colheita ele fica cada fica muito evidente. Mesmo em um ano como esse, em que provavelmente teremos uma produção menor em relação ao ano passado, vamos acabar observando como vai ser o gargalo na produção ”, ressalta.

Apesar dos desafios, o consultor de agronegócios destaca que esse é um setores mais importantes para economia brasileira — e contribui significativamente para o PIB brasileiro.

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PRODUÇÃO REGIONAL

O IBGE mostra que a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para duas regiões: a Sul (8,3%) e a Norte (7,6%). Houve variação anual negativa para as demais: a Centro-Oeste (-12,2%), a Sudeste (-10,5%) e a Nordeste (-3,1%).

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,0%, seguido pelo Paraná (13,4%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,2% do total.

 

OUTROS GRÃOS

O levantamento mostra que, para o arroz, a produção estimada foi de 10,5 milhões de toneladas — um crescimento de 2% em relação ao que foi produzido em 2023. Para o feijão, a previsão é de 3,3 milhões de toneladas — um aumento de 11% em relação ao que foi produzido no ano anterior.

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